Relação confusa essa que temos com a bandeira do Brasil e a camisa da nossa seleção. Quando sentimos orgulho do país, vestimos e hasteamos cheios de orgulho e tinta: no carro, nas ruas, nos estádios, no pico da cordilheira mais alta. No imaginário popular e no inconsciente coletivo do último século, o Brasil é, em sua essência, o vídeo-homenagem aos 78 anos de Gilberto Gil: alegre, colorido, otimista, miscigenado, plural.
É Chico com Ivete, Nando com Emicida, Djavan com Lenine. Jorge Ben com Lulu, Milton com Silva, Iza com Zeca Pagodinho. É o agudo de Caetano, o grave de Frejat, a rima de Rael, a rua de Fióti, a ladeira de Daniela. O sorriso de Alcione, a leveza de Marisa, a força de Margareth, a onipresença das Fernandas e todos nós sabemos que é muito, muito mais.
Sim, a pandemia e o isolamento social nos deixam saudosos da nossa essência: o carinho, o abraço, as piadas, as brincadeiras e danças juninas com a fogueira que aconchega o calor do quentão e crepita ao som da sanfona encantada que não costuma falhar.
E se ao assistir esse vídeo você conseguir abstrair, nem que seja por por 4 minutinhos, tudo que houver de rancor, temor e vergonha de seu país, lembre-se serenamente de que sim, às vezes a fé também tá pra morrer, triste na solidão. E que tanto pandemias quanto governantes ruins causam seus estragos, mas passam.
Já a música, a arte e o verdadeiro significado do que é ser, vestir e hastear Brasil – desprovido de maniqueísmos, terraplanismos e de ódio – ficam para sempre. Certo ou errado, a fé vai onde quer que eu vá. A pé ou de avião. Mesmo a quem não tem fé, a fé costuma acompanhar.
Saravá, Gilberto Gil.
Avuá, liberto Brasil!
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Gil consegue nos dar as mais positivas energias.
Desde sempre e para sempre.
Delícia de vídeo!