Acabei de descer da minha bike ergométrica e vim correndo escrever pra você. Nem tomei banho ainda. É que enquanto eu pedalava, eu estava ouvindo um episódio de 2006 do meu podcast preferido de todos os tempos, o tradicional Radiolab. Nesse programa o assunto era “triagem” (assunto que já postei anteriormente aqui). É um conteúdo em inglês, fácil de entender, mas aviso antes para os que não dominam a língua poderem pular a dica.
Quando as pessoas estão morrendo e você só pode salvar algumas, como você escolhe? Talvez você salve o mais novo. Ou o mais doente. Talvez você apenas coloque todos os nomes em um chapéu e escolha aleatoriamente. Sua resposta mudaria se uma pessoa doente estivesse bem na sua frente?
Apesar de ter sido gravado 4 anos atrás, obviamente o assunto ganha relevância no contexto atual. E sei que estamos todos saturados com o tema, mas o podcast não é deprê e é ULTRA interessante. Serve até metaforicamente, afinal precisamos tomar diversas decisões diariamente e talvez a gente não tenha ainda pensado muito em desenvolver um método de otimização em filtragem nessa rotina. Serve para ajudar a decidir onde investir seu tempo, sua atenção e suas emoções. No que você lê, no que assiste, com quem convive, etc.
Mas voltando ao episódio:
Mas voltando ao episódio: o pessoal do RadioLab (o grande Robert Krulwich e Cia) convocou a repórter do New York Times, Sheri Fink, para explorarem esse tópico da triagem, que ela conhece bem. Em uma zona de guerra, um furacão, um porão da igreja e um terremoto, a questão permanece a mesma. O que acontece, o que deve acontecer, quando os humanos são forçados a agirem como Deus?
Produzido por Simon Adler e Annie McEwen. Relatado por Sheri Fink.
No livro que inspirou esse episódio, o “Five Days at Memorial”, você pode encontrar mais informações sobre o que aconteceu no Memorial Hospital durante o furacão Katrina, como foi contado pela Sheri Fink.
Ouça com atenção, tenho certeza que vai ficar grudado(a) nos relatos. Cada história melhor do que a outra.
Se quiser acompanhar lendo a transcrição, tem aqui.
E depois de ouvir, vale também a pena dar uma passada nessa página de discussão sobre o episódio, no Reddit.