Esse ano é só escolher o filme, pagar R$6,00 cada ingresso, fabricar sua própria pipoca no microondas da sua casa e começar a assistir.
Se por um lado dá saudade daquele ritual dos cinemas com bilheteria lotada, pipoqueiros e encontros, por outro, que glória! assistir tudo on-line sem precisar sair. São 198 filmes vindos de 71 países e selecionados através dos principais Festivais do mundo como Cannes e Berlim.
Com vocês meu Top Seven em (aproximadamente) um tweet.
1-Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição
Titulo original:This Is Not a Burial, It’s a Resurrection
Africano – 120 minutos
Diretor: Lemohang Jeremiah Mosese
Sem motivos para continuar vivendo a protagonista se organiza pra esperar a sua morte. Porém, sua hora nunca chega e muita coisa acontece enquanto isso. Parece que estamos dentro de uma exposição do Sebastião Salgado a cada cena.
Vencedor do Prêmio Especial do Júri da seção World Cinema Dramatic do Festival de Sundance.
2- Mães de verdade
Título original: True Mothers
Japonês -140minutos
Diretora: Naomi Kawase
O longa mostra com delicadeza os tabus sociais presentes no processo de adoção dos dois lados. Da mãe que adota e da mãe que entrega para adoção. Lindo, mas tem muita cena de folhas voando. Uns 40 minutos só de cenas de natureza.
Exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián. Aposta do Japão para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
3- Não há mal algum
Título original: There Is No Evil
Iraniano – 152 minutos
Diretor: Mohammad Rasoulof
“Todo país que aplica a pena de morte precisa de pessoas para serem os executores.” Uma espécie de Relatos Selvagens mas com o tema “pena de morte” no Irã. São 4 histórias dentro do longa iraniano. Muito interessante.
Vencedor do Urso de Ouro e do Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Berlim.
4- Fábulas Ruins
Título original: Bad Tales
Italiano – 98 minutos
Diretores: Damiano D’Innocenzo, Fabio D’Innocenzo
Um clima de “era uma vez” dentro de um cenário ensolarado da Itália no auge do verão esconde uma atmosfera sufocante de repressão e abusos. Crianças tentam sobreviver às férias e ao sadismo dos seus pais. Mas ninguém vai sair ileso desse verão. Um filme propositalmente estranho.
Vencedor do Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim.
5- Shirley
Americano-107 minutos
Diretora: Josephine Decker
Em mais uma atuação impecável, Elizabeth Moss dá vida a escritora de terror Shirley Jackson, que vive reclusa, tomando altos porres e ignorando todo e qualquer trabalho doméstico (toca aqui Shirley!). Casada com um professor manipulador podemos claramente acompanhar os efeitos do machismo sobre uma mulher brilhante e julgada por toda sociedade como louca.
Mas tudo muda com a chegada de Rose ( Odessa Young). Que dá uma força com a louça e muito mais. Sem spoiler, não gostei tanto, mas é muito bom.
Exibido no Festival de Berlim e vencedor do Prêmio Especial do Júri da seção U.S. Dramatic do Festival de Sundance.
6- O problema de nascer
Título original: The Trouble with Being Born
Austríaco: 94 minutos
Uma androide fofa mora numa mansão com um homem que ela chama de pai. No começo você não entende nada e no final você entende menos ainda. Mas é austríaco, misterioso, charmoso e dá para impressionar os amigos contando que assistiu. Recomendo.
Vencedor do Prêmio Especial do Júri da seção Encontros no Festival de Berlim. O filme também foi exibido no Festival de San Sebastián.
7- Suor
Título original: Sweat
Polonês- 105 minutos
Diretor: Magnus Von Horn.
Acho que temos aqui um preferido.
Sylwia é uma influencer fitness com milhões de seguidores. Ela tem o corpo perfeito e o emprego dos sonhos, ganha presentes de marcas, tem patrocinadores e ainda recebe relatos diários de fãs apaixonados. Mas o conto de fadas digital começa a ruir quando ela grava um vídeo contando algo que ninguém imaginava. Sobre como é a vida dos digital influencers quando o celular está desligado.
Seleção oficial do Festival de Cannes.
Corre que a Mostra oficial vai até dia 5 de outubro e depois tem a reexibição dos mais votados.