As in-house agencies e a disrupção criativa necessária para o mercado

Para crescer e se adaptar aos novos tempos, empresas estão revendo suas estratégias de marketing e priorizando in-house agencies e creative hubs
As in-house agencies e a disrupção criativa necessária para o mercado As in-house agencies e a disrupção criativa necessária para o mercado

Disruptivo ainda é termo cabível para o ano de 2021? Parece que sim, adaptável também.

Mesmo com todas as turbulências dos últimos tempos, fomos capazes de adaptar nossas formas de viver, trabalhar e consumir. As inovações tecnológicas, juntamente com a conectividade global, impulsionaram as mudanças culturais e econômicas que já vinham acontecendo em ritmos cada vez mais acelerados. Agora, este novo mundo requer das empresas maior flexibilidade para que continuem relevantes entre seus públicos. E tudo isso tem um denominador comum: habilidade criativa.

Criatividade é um ativo valioso para as empresas no clima atual de adaptações, que exige inovações a todo tempo.

A discussão sobre a relação entre sucesso criativo e comercial não é nova, mas ela está se tornando o ponto central para novas práticas de marketing. A orientação de estratégias através de indicadores como ROI e ROAS em detrimento da construção a longo prazo do valor de marca levou empresas como Adidas a repensar toda a sua cadeia de investimentos e análise de KPIs. O foco em performance mostrou não sustentar crescimento a longo prazo e, ainda pior, tirou investimentos valiosos para a construção do valor de marca, que trazia resultados efetivos. É essa equação que está em debate.

Cada vez mais empresas estão investindo energia antes despendida em prol de resultados comerciais imediatos para promover planos a longo prazo, priorizando a cultura da marca e relações mais duradouras com seus clientes. Para isso, muitas apostam na internalização dos processos de marketing, criando as chamadas in-house agencies

De acordo com a ANA – Association of National Advertisers –, 78% das empresas anunciantes já criaram agências dentro de suas próprias dependências para lidar com atividades como marketing de conteúdo, estratégias criativas, análise de dados, estratégia de mídia, entre outras. Dessas, 99% dizem estar satisfeitas com o resultado. De fato, são diversos os benefícios de tal processo:

As in-house agencies e a disrupção criativa necessária para o mercado

Fonte: Association of National Advertisers

Os dois maiores benefícios indicados pelas empresas estão diretamente ligados às novas configurações de trabalho e de pensamento a longo prazo, respectivamente. A demanda por profissionais criativos se ajusta às demandas de cada projeto específico, dando maior flexibilidade tanto para as empresas quanto para os criativos e trazendo maior eficiência para a execução de planos de marketing. 

Mesmo empresas que trabalham exclusivamente com agências de publicidade também estão sentindo maior necessidade de disrupção nas suas estratégias. De acordo com o Think With Google, empresas precisam repensar como engajam com seus clientes a partir de estratégias mais personalizadas e com conteúdos relevantes, ao invés de focar em anúncios genéricos e de interesse puramente comercial. Para arcar com essas novas demandas, já se tornam comuns creative hubs dentro das próprias agências – grupo de profissionais da área criativa focados em atender um único cliente, em contato direto e constante com ele. 

Inovação criativa para sobreviver à crise e para continuar relevante no futuro. Essa parece ser a nova ordem para pensar as estratégias de marketing. Não é à toa que, segundo relatório da Firjan, analistas de pesquisa de mercado, analistas de negócios e diretores de criação foram as três categorias de profissionais criativos que mais cresceram em contratação durante a pandemia. A compreensão do mercado a fim de gerar a tão desejada diferenciação se torna ainda mais urgente nesse momento, aliando o conhecimento técnico à criatividade. 

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