No ano passado o Boticário se uniu ao Youtube para criar uma campanha de realidade aumentada para vender sua linha de batons Make B. Funcionava assim: a propaganda aparece no celular, e as consumidoras conseguem experimentar as novas cores em si mesmas, através de realidade aumentada, instantaneamente. A tecnologia identificava o rosto da usuária e apresenta as diferentes opções de cores, como em daqueles filtros de rede social.
Essa tecnologia é relativamente simples de ser implementada. O desafio era garantir que a cor do batom ficasse fidedigna, já que a tonalidade final depende da cor de pele e da boca da consumidora. “É fácil errar o tom, e a pessoa recebe o batom em casa e se decepciona”, diz Célio Helio Somma Guida, diretor de mídia, inteligência e performance no Grupo Boticário.
A campanha ficou no ar por dois meses, impactou 7 milhões de pessoas e levou quase 94 mil pessoas a interagir com a propaganda.
Mais do que interagir, os consumidores foram atrás dos batons que mais gostaram. Se a taxa média de cliques em propagandas no Brasil é de 1,04%, com essa campanha a taxa foi superior a 2%. Além disso, a taxa de conversão, os cliques que realmente levaram a uma compra, foi oito vezes maior que a média e levou a 14 mil vendas.