Quando você entra em um site, ou nas redes sociais, e vê a propaganda exatamente do último tênis, bolsa ou celular que você procurou na internet, é porque seu dispositivo guardou informações, dados de navegação e uso. Ele segmenta seu comportamento e entrega propagandas que tenham a ver com seu perfil.
Até aí nada novo debaixo do sol.
O problema é que com a GDPR (General Data Protection Regulation) e, aqui no Brasil, a LGPD, as questões relacionadas à privacidade do usuário estão efervescendo. Claro: toda nova tecnologia gera consequências que precisam ser analisadas e regulamentadas pelas sociedades.
Nesse cenário então é que o Google testa sua nova tecnogia chamada FLoC (Federated Learning of Cohorts). Esse teste tá rolando com uma pequena porcentagem de usuários na Austrália, Brasil, Canadá, Índia, Indonésia, Japão, México, Nova Zelândia, Filipinas e Estados Unidos. Empresas fora do Google poderão para testar as tecnologias em desenvolvimento pela primeira vez.
“O FLoC ainda está em desenvolvimento e esperamos que evolua com base nas contribuições da comunidade da web e nos aprendizados desse teste inicial”, afirma Marshall Vale, gerente de produto do Chrome, que também revelou uma atualização programada nas configurações do Google Chrome que permitirá aos usuários optar por não serem incluídos nos experimentos FLoC.
O novo meio de segmentação por público-alvo é diferente do rastreio de usuários que os cookies fazem. Em vez disso, o FLoC permite que os editores veiculem grandes anúncios direcionados a determinados grupos de público, que são determinados pelo navegador Chrome.
“Tudo isso ocorre no seu dispositivo sem que nenhuma informação sobre o seu histórico de navegação seja compartilhada. É importante ressaltar que todos no ecossistema de anúncios, incluindo os próprios produtos de publicidade do Google, terão o mesmo acesso ao FLoC ”, disse Marshall.
Tudo isso faz parte da iniciativa Privacy Sandbox do Google, uma série de propostas técnicas voltadas para sustentar um ecossistema financiado por anúncios e, ao mesmo tempo, suprir a crescente demanda por uma maior privacidade de dados do público.
Vamos acompanhar o FLoC e ver no que dá. A iniciativa é mais que importante: é fundamental.