UoD/FS Doc: por que todos jogam Free Fire?

Um jogo que naturalmente seria de console, totalmente democratizado em smartphones intermediários.

O Free Fire, fenômeno da desenvolvedora vietnamita Garena, é um jogo mobile que tomou o Brasil de assalto. Por que todos jogam Free Fire?

Antes de qualquer discussão sobre formato, uma premissa que possibilitou sua democratização e adoção em massa, principalmente no Sudeste Asiático e no Brasil: um jogo com capacidades técnicas compactadas, um processamento gráfico fluido e leve e, principalmente, um desenvolvimento que permite rodar na maioria dos smartphones disponíveis no mercado.

Lançado em dezembro de 2017, o jogo já conta com mais de 100 milhões de jogadores ativos espalhados pelo mundo e com mais de 500 milhões de downloads nas lojas virtuais de cada sistema operacional.

O jogo é de ação, do gênero Battle Royale, cujo objetivo é se tornar o último sobrevivente em uma ilha cheia de inimigos – outros jogadores, no caso, jogando online. Você faz um salto até essa arena de batalha e é preciso ir buscar recursos para se preparar aos ataques, como armas, kit de primeiros-socorros, granadas, munições.

Com isso você vai se tornando mais forte e apto para vencer seus oponentes e ir sobrevivendo. Ao ser o último restante, você é o campeão da partida.

Importante pontuar novamente: o que o diferencia dos muitos jogos similares disponíveis por aí, é ser mais acessível. Enquanto os pioneiros do gênero, como Fortnite e PUBG, exigem smartphones mais avançados e caros para rodarem, Free Fire funciona bem em qualquer aparelho intermediário e não consome muitos dados na conexão à internet.

Em 2020, Free Fire foi o game mais baixado no mundo, segundo o relatório State of Mobile 2020, levantamento do App Annie e que reúne dados de uso em iOS, Android e outras plataformas. Ainda atingiu um pico de 100 milhões de usuários diários, de acordo com o relatório do segundo trimestre da Sea Limited.

Agora em 2021, o Free Fire World Series Singapura, torneio mundial do battle royale da Garena, registrou o maior pico de espectadores da história dos e-sports. Dados apresentados pelo Esports Charts, apontaram que a decisão da competição atingiu quase 5,5 milhões de pessoas assistindo de maneira simultânea.

A primeira edição do mundial aconteceu no Rio de Janeiro e o campeão foi o Corinthians. Santos e Flamengo são outros clubes de futebol que também já investem pesado no esporte eletrônico.

Além disso, jogar Free Fire não custa nada. A receita vem da venda de itens dentro do jogo, lançados com alta frequência, para manter o interesse dos jogadores.

Um jogo que naturalmente seria de console, totalmente democratizado em smartphones intermediários. Olha a força que isso tem. É por isso que hoje é uma indústria que move cifras milionárias.

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