O governo Britânico está prestes a anunciar a proibição da publicidade de junk food online e antes das 21h na TV a partir de 2023, uma iniciativa de Boris Johnson, que pretende cumprir sua promessa de enfrentar a crescente crise de obesidade no Reino Unido.
As novas medidas, que estão entre as restrições de marketing mais duras em todo o mundo, terão um grande impacto nos mais de £600 milhões gastos pelas marcas de alimentos online e na TV anualmente.
A proibição na TV de produtos considerados ricos em gordura, sal e açúcar (HFSS) deverá custar as emissoras de TV como ITV, Channel 4, Channel 5 e Sky mais de £ 200 milhões por ano em receita.
A proibição de publicidade online afetaria todas as formas pagas de marketing digital, de anúncios no Facebook a resultados de pesquisa paga no Google, promoções de mensagens de texto e atividades pagas em sites como Instagram e Twitter. Estima-se que mais de £400 milhões sejam gastos anualmente em publicidade online de produtos alimentícios no Reino Unido.
As exclusões
No entanto, as novas restrições incluem um número significativo de “exclusões” e isenções que significam que ficarão aquém da proibição total proposta. A publicidade exclusivamente de marcas continuará a ser permitida no on-line e na TV. Isso significa que uma marca, mesmo que seja associada a hábitos alimentares inadequados como o McDonald’s, poderá anunciar desde que nenhum produto da rede apareça. As marcas também poderão continuar a promover seus produtos em seus próprios sites e nas contas de mídia social.
As pequenas e médias empresas – aquelas com menos de 250 funcionários – continuarão a ter permissão para anunciar produtos de junk food.
A publicidade de junk food ainda será permitida por meio de mídia de áudio, como podcasts e rádio, e não haverá novas restrições para o setor fora de casa, que inclui outdoors, sites de pôster, em ônibus e em locais como estações de trem e aeroportos.
A lista de produtos e a própria proibição serão revisadas a cada poucos anos.
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