A SemRush levantou diversos dados sobre as 25 maiores plataformas de Mídia Social em todo o mundo e preparou um resumo em forma de infográfico explorando questões que como faixas etárias, grau de escolaridade, recursos financeiros, grau de suscetibilidade a influenciadores por países e muitos outros insights que valem a pena ser pesquisados e – principalmente – refletidos, especialmente pelos que trabalham com marketing.
Confira abaixo alguns desses insights.
Volume de usuários/mês e ano de início da operação
O que destaco: o Facebook, apesar de estar perdendo usuários nas gerações mais jovens em sua rede, segue gigante enquanto empresa já que das 5 primeiras posições, ocupa 4 delas com produtos adquiridos nos últimos anos como o WhatsApp, o Messenger e o Instagram. Lembrando que a definição de mídia social é “canal de interação ou compartilhamento de informações”, sejam elas em forma de conteúdo ou mensagens, portanto o WhatsApp e o Messenger também são considerados plataformas de mídia social.
O Facebook deve, inclusive, anunciar nos próximos dias o novo nome da empresa para tentar mudar um pouco da imagem e passar mais uma ideia de conglomerado (mais o foco no metaverso).
O linkedIn, que é bastante popular entre os profissionais de marketing aqui no Brasil, passa uma impressão de popularidade, mas ocupa apenas a 22ª posição no ranking geral. Dentro da proposta de nicho mesmo, porém menos popular do que se imagina.
Quais as plataformas que os adultos mais usaram nos últimos 10 anos?
O primeiro gráfico foi baseado em uma estensa pesquisa feita pela Pew Research, mas com dados de alguns anos faltando para algumas plataformas, como o YouTube. Nota-se um aumento constante nos top 3 e uma estabilidade maior nos demais, que também é típico do efeito causado por uma base maior, afinal nossa tendiencia é adotar as plataformas que nos amigos, parentes e colegas também usam mais. Mesmo com produtos até mesmo melhores e mais seguros, como o Telegram, a competição é cruel porque todo mundo usa WhatsApp então acabamos usando também.
Pessoalmente fico satisfeito em ver o YouTube no alto, já que considero o conteúdo bem mais rico (para quem quiser e souber filtrar tem coisas maravilhosas) e é menos tóxico do que as as redes mais baseadas em vaidade e em falsa sinalização de virtudes. Ou seja, potencialmente (e idealmente) o residual da experiência no YouTube é superior do que no Instagram, por exemplo.
No gráfico seguinte, o grau de influência de grana e educação na escolha das plataformas. Será que tem plataforma que é “mais de rico” ou “mais de pobre”? Ou de pessoas com “mais educação escolar” ou menos? A sensação é que no volume total sim (por conta de acesso), mas as proporções das plataformas seguem um padrão.
Agora vem o dado que mais gostei. E o que vai ser mais polêmico.
Quais nacionalidades se importam mais em seguir influenciadores?
Influenciador é coisa de terceiro mundo? Ou, “em desenvolvimento’, se preferir? Bom, segundo a pesquisa apurou dentro de um universo que contempla usuários de 16 a 64 anos, a resposta é SIM. Dos 10 países mais suscetíveis a influenciadores, todos estão no hemisfério sul. Não aparece EUA, nem canadá, nem nenhum da Europa. Se existem influenciadores nesses lugares? Óbvio que sim. Existe no mundo todo. Mas não tem nehum país desenvolvido entre os 10 mais influenciáveis.
E, mesmo sabendo que minha opinião não vai agradar muita gente, não posso deixar de mencionar o quanto nossa cultura geral tem sofrido com esse fenômeno. Na música, na comunicação e nos valores humanos. De novo: não podemos generalizar e lógico que existem influenciadores talentosos e super engajados em produzir um conteúdo e uma influência positiva e enriquecedora do ponto de vista intelectual e de entretenimento e consumo bem feitos e responseaveis. Mas sabemos que a maioria funciona seguindo um mecanismo puramente comercial e pouco verdadeiro. E, infelizmente, bastante impulsionado por marcas que paradoxalmente propagam o valor do propósito.
Os dados são de abril de 2021.
Para saber mais, as fontes são essas:
https://www.pewresearch.org/internet/fact-sheet/social-media (link)
https://datareportal.com/reports/digital-2021-april-global-statshot (link)
https://www.hootsuite.com (link)
Enfim, deixei minha opinião simplesmente porque sou eu que estou escrevendo o post e acho que vale compartilhar com quem me lê por aqui. Mas o mais importante mesmo são as suas próprias conclusões e os preciosos insights profissionais e pessoais que você pode tirar desse retrato recente do universo social.