Um espermatozóide leva 37.5MB de dados e uma ejaculação transfere 15TB em 3 segundos

Isso é que é pendrive.

Isso é que é banda larga.

Um único espermatozóide carrega o equivalente a 37.5MB de dados sobre o DNA de seu dono.

Em uma ejaculação, 15875 GB (15,8TB) são transferidos em apenas 3 segundos. Ou, 4.000 computadores como este em que escrevo.

Ou seja, numa relação sexual, um homem pode transferir 4 mil laptops de dados para uma mulher.

(Fonte: “Human Genome Assembly Information” from the “Genome Reference Consortium”)

Os números são baseados em médias e se referem a dados e não a informação, já que existe repetição na combinação de AT, TA, CG e GC. Mas o que importa é essa incrível capacidade de armazenamento e velocidade de transferência “analógica”, sem falar que esses dados fazem o ser mais evoluído (pelo menos do ponto de vista do conjunto biológico) do planeta.

Outro ponto notável é a maneira como a natureza lida com a compressão dos dados.

A vida dos cientistas fica bem complicada na hora de baixar, subir e compartilhar genomas (conjunto de todas as informações genéticas de um organismo), porque os arquivos ficam enormes.

O que tem de cientista olhando para reloginho na tela não é brincadeira.

Tanto é que “compressão” foi declarada como parte fundamental da engenharia genética, com direito a especialistas, porque simplesmente sem essa parte toda a operação fica inviável. o código dos 4 possíveis pares desenvolvido pela natureza é, mais uma vez, muito superior. mas estamos avançando: desde 2008 já é possível enviar um genoma humano por email, com um anexo de pouco mais de 4MB.

img: Enmaler/timquo Shutterstock

 

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