Afinal, o que é esse tal de chatGPT? Seria mesmo o novo Google?

Sempre achei engraçado a forma como minha esposa (que é mais ou menos low tech) faz suas buscas.

Vamos lá seu Google… “como eu faço para trocar o pneu do meu carro?”

Se fosse eu, provavelmente escreveria “como trocar pneu”. Ou até “trocar pneu”.

Mais direto ao ponto e usando palavras-chave, para ser mais rápido e preciso. A vida digital nos ensina assim.

Ela pergunta. Eu comando.

Pois é justamente essa diferença, na forma de conversar com uma máquina, que está chegando em um momento bem particular, assim como quase tudo relacionado a Inteligência artificial generativa (imagens, textos, músicas, etc), um termo que existe há décadas e que hypêia e deshypêia, mas que tem encantado o mundo pra valer nos últimos meses.

E parece que a tecnologia no momento está bem interessada em ficar de papo com a minha esposa e com todo mundo que escreve de forma natural. Acho justo, eles sempre foram mais simpáticos em suas solicitações. Um jeito mais Alexa de ser do que os meus comandos imperativos.

A I.A. quer aumentar seu repertório e estilo, conversando com gente que escreve como gente. Quer aprender.

“Engenharia de prompts”, se você quiser impressionar.

Mas não é apenas o tom das “perguntas” que muda, mas principalmente o tom… das respostas.

Qual a diferença com os mecanismos de busca?

O Google é como uma bibliotecária: você pede ajuda e ela te traz uma pilha de livros. Quer saber como trocar um pneu? Dá uma fuçada nesses, deve encontrar o que precisa. Uma busca hoje aponta links e traz até alguns trechos já separados, o que já é um belo avanço.

Mas o ChatGPT é como um amigo te mandando uma mensagem: um Zap do que fazer agora que o seu pneu furou. O que é uma grande vantagem quando você está lendo no acostamento de uma rodovia, por exemplo.

E outra: se você quiser, ele escreve um textão enorme sobre como trocar um pneu.

O que é o Chat GPT?

O ChatGPT ainda é um protótipo de chatbot, com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogos. Ele é capaz de entender e responder perguntas e comandos, bem como manter uma conversa com o usuário, usando o aprendizado de linguagem natural e a capacidade de generalização que possui.

O chatGPT pode ser usado para várias coisas, como criar chatbots para atender a clientes em plataformas de mensagem (a LUSH, por exemplo, abandonou redes sociais por achá-las nocivas e, para não perder o canal com clientes, adotou um chat, que agora volta a ser uma opção “moderna”), gerar conteúdo automatizado para sites e blogs, e realizar tarefas de processamento de linguagem natural, como analisar sentimentos em comentários nas redes sociais.

Um dos principais benefícios do chatGPT é que ele consegue aprender e se adaptar o tempo todo, o que o torna muito útil em situações em que o conteúdo ou o contexto da conversa podem mudar rapidamente. Por exemplo, você pode pedir para ele responder de maneira mais coloquial ou mais técnica, ou em outra língua. Além disso, o chatGPT é capaz de entender e responder a uma variedade grande de perguntas e comandos, o que o torna uma ferramenta muito versátil.

Os 3 parágrafos acima… foi o chatGPT que escreveu.

O chatGPT vai substituir as buscas pelo Google?

Não. Pelo menos não por enquanto, não é esse o seu propósito.

O Chat GPT não foi projetado para substituir o Google ou qualquer outro mecanismo de busca. Serve mais como uma ferramenta para trabalhar textos mesmo, como artigos mais acadêmicos e técnicos (post também, mas por aqui ainda somos tradicionais e preferimos gente mesmo), traduções, sinopses, resumos, etc. Tipo uma Wikipedia que conversa. Ele não é capaz de realizar a ampla gama de funções que o Google ou outros mecanismos de pesquisa tem, como pesquisar na web, pesquisa de mapas e pesquisa de imagens.

O chatGPT vai ser seu BFF?

Provavelmente um belo F. Um BF, talvez um dia. Um BFF, bom, que seja infinito enquanto dure, posto que é tecnologia. Mas podemos dizer que é sim um relacionamento homem-máquina bem amigável e que deve ser incorporado na vida das pessoas. Processos de aprendizagem, auto-didatismo, escolas, onboardings, resumos de fatos para viagens, etc.

Talvez seja o mais próximo da coloquialidade que a gente se acostumou a ver em filmes de ficção, quando o protagonista abre seu coração para o amigo robô, que é sempre muito sábio. Só que ao invés de um robô humanoide, é um robô que conversa por texto, como se ele estivesse lá no WhatsApp dele (que é de fato como conversamos hoje em dia com todo mundo).

O chatGPT como pontapé inicial de pesquisas?

Para mim, com certeza. Eu uso muito a Wikipedia como pesquisa inicial de quase tudo que pretendo me aprofundar porque ela traz uma definição curta e rápida para me dar uma visão geral e não opinativa (que era para ter sido o futuro do jornalismo, mas que infelizmente morreu por que apostou em formato opinativo). Fazer isso com o chatGPT é ainda melhor e mais gostoso. É o meu “diz aí rapidinho o que é…”

É 100% confiável?

É bastante confiável (não necessariamente profundo ou abrangente, mas o que ele responde, costuma estar correto, inclusive em relação a vieses e preconceitos, etc). E vicia, porque é fácil e rápido. Mas é importante lembrar que o chatGPT é apenas um modelo de linguagem treinado por computador e não tem consciência ou conhecimento próprio. Ele só consegue escrever textos de acordo com os padrões e informações que recebeu durante o processo de treinamento. Isso significa que, embora o chatGPT possa ser útil em muitas situações, ele não pode substituir completamente a interação humana e a tomada de decisões.

Em resumo, o chatGPT é um modelo de linguagem poderoso e versátil, que pode ser usado em várias aplicações e domínios.

Quer bater um papo com ele? Experimente aqui.

Quer bater um papo comigo? (um modelo já inadequado de inteligência natural?) Abaixo, nos comentários.