Escrever poemas, receitas, redigir e-mails. São muitas as funções básicas que o sistema conversacional ChatGPT vem se mostrando capaz de realizar. É esse, inclusive, o motivo da popularização recente da plataforma de propriedade da OpenAI: mostrar, na prática, do a IA é capaz. Greg Brockman, cofundador e atual presidente da empresa dona do ChatGPT, que protagonizou o painel mais disputado do SXSW nesta sexta-feira (10), reforçou vários tipos de aplicações da plataforma. Um deles chamou a atenção do público presente no Austin Convention Center: reescrever Game of Thrones.
“Muitos fãs de Game of Thrones não ficaram felizes com o desfecho da série, por que não usar a IA para mudar os rumos da história? Para mim, esse é o futuro do entretenimento, mesmo que o ChatGPT desenvolva o trabalho árduo para escrever e codificar, ele também pode potencializar uma melhor experiência de entretenimento. Imagine se você pudesse pedir à sua IA para fazer um novo final que segue um caminho diferente e talvez até se colocar lá como personagem principal ou algo assim?”
De acordo com o The Hollywood Reporter, a indústria do entretenimento já considera o impacto positivo (e negativo) que o ChatGPT poderia ter na TV e no processo de filmagem. Organizações como o Writers Guild of America West disseram que estão “monitorando o desenvolvimento do ChatGPT e tecnologias semelhantes no caso de exigirem proteções adicionais para os escritores”, embora os roteiristas entrevistados tenham dito que poderiam ver o ChatGPT como uma ferramenta para auxiliar o processo de escrita, ao invés de substituir o trabalho dos escritores.
Empresas de mídia como o BuzzFeed têm sido mais abertas sobre a adoção da IA para conteúdo como questionários personalizados por meio da interface de programação de aplicativos da OpenAI, mas estão parando de usar a tecnologia para escrever artigos de notícias. Ainda durante seu painel, Greg afirmou que o ChatGPT estaria mais preparado para assumir os tipos de trabalhos em que os usuários “dispensam o julgamento humano”.