O Chat GPT não substitui um velhinho otimista

Kevin Kelly veio ao SXSW para falar sobre o que todo mundo está falando: “A inteligência artificial está tomando conta do mundo e isso é inevitável.”
O Chat GPT não substitui um velhinho otimista O Chat GPT não substitui um velhinho otimista

Kevin Kelly veio ao SXSW para falar sobre o que todo mundo está falando:

“A inteligência artificial está tomando conta do mundo e isso é inevitável.”

Em 50 minutos de palestra apoiado num ppt com o design mais simples do mundo, o velhinho co-fundador da Wired e autor de diversos livros sobre tecnologia pintou um futuro que clareia a maioria das dúvidas sobre o impacto das IAs generativas na humanidade.  

Spoiler: “você não vai perder seu emprego para a IA!”

No primeiro dia do SXSW, Greg Brockman, presidente da Open.AI, disse que todo mundo seria promovido. Kevin argumentou que a IA pode ser usada como um “estagiário universal”, ajudando-nos a superar o medo do bloqueio criativo e preencher as lacunas em nossos conhecimentos. Ao fazer isso, podemos nos concentrar em tarefas mais complexas e criativas, deixando que a IA faça o trabalho pesado.

A diferença entre os dois foi a abordagem do mesmo otimismo e o cuidado que Kevin Kelly teve em explicar o momento em que estamos e os diferentes tipos de IAs que vamos lidar a partir de agora. 

A parte genial (para mim, pelo menos) foi a definição de Kelly sobre as atividades fundamentalmente humanas. Ao contrário do que todo mundo pensa, nós temos que tirar da cabeça que somos seres pautados pela produtividade. Produtividade vem de verdade a partir da automação de processos. Produtividade é coisa de máquina. As atividades que nos manterão mais insubstituíveis são altamente ineficazes. 

Tudo fica mais claro quando ele dá exemplos como ciência, inovação, exploração e arte. Nada mais lento que o avanço da ciência. Quantas erros e acertos são necessários para se chegar a uma inovação?

Segundo Kelly, o que pensamos sobre a IA é tudo o que ela ainda não pode fazer. Então, quando pensamos em IA, pensamos em todas as coisas que ela ainda não fez. É disso que se trata. As coisas que ela pode fazer recebem diferentes nomes, como aprendizado de máquina, modelos, redes neurais e outras coisas. Mas essas são, na verdade, nomes de dispositivos e servidores. Então, estamos meio que apenas dando nomes às máquinas. Na verdade, não temos um bom nome para o que ela produz.

Segundo ele, a inteligência artificial está permitindo que as pessoas sejam mais produtivas do que nunca. Ele citou pesquisas que mostram que os programadores são 56% mais produtivos quando utilizam API’s de IA para auxiliá-los na escrita de código e escritores completam tarefas 37% mais rápido quando têm acesso a essas ferramentas.

Outra ideia interessante abordada por Kelly é a noção de que a IA pode ser “treinada” para ser mais criativa. Ele explicou que, ao fazer perguntas que desafiam o algoritmo a pensar fora da caixa, é possível incentivar a máquina a gerar soluções mais inovadoras. A chave, segundo ele, é encontrar um equilíbrio entre a criatividade e a precisão, para que a IA possa ser eficaz em seu papel de assistente.

Para fechar ele deixou as lições da palestra bem claras para todo mundo fotografar:

1 – você não vai perder seu emprego

2 – agora todo mundo tem um estagiário

3 – criar conteúdo com Inteligência Artificial será (já é) um trabalho 

4 – elas são ótimas com sínteses

5 – espere até elas terem emoções

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