Uma empresa que tinha tudo para dar errado, hoje, é um dos maiores cases de sucesso baseado em Intuição.
Duvida?
Então vamos aos fatos.
“Todo o conhecimento começa com a intuição, passa aos conceitos e termina em ideias.” – Immanuel Kant
No primeiro dia de Abril de 1976, Steve Jobs e seus amigos Ronald Wayne e Steve Wozniak fundam a Apple Computer.
Nove anos depois, em 1985, depois de reinventar o design dos computadores pessoais e revolucionar a forma de vendê-los, Jobs vive seu maior revés: ele é obrigado a deixar a empresa que ajudou a criar.
Os remanescentes acreditavam que seriam capazes de conduzir a Apple sem Steve. Eles tinham a plena convicção de que bastavam números e gráficos para fazer a mágica do sucesso acontecer.
Doze anos depois, após muitas crises e a quase falência, Jobs está de volta.
Será que a sua intuição previu o seu próprio retorno?
Será que ele voltou por orgulho, vingança ou a sua intuição dizia haver algo no horizonte da Apple que se tornaria real com ele no comando?
Difícil saber, mas a história está aí para confirmar: a empresa se recuperou e hoje é um grande sucesso.
Jobs gosta de dinheiro, como todos nós, é claro, mas parecia haver um tipo de “superpoder” naquele homem. Algo que não se mede com ressonância magnética ou visões espirituais.
Steve parecia conseguir ver o futuro sem fazer muita força.
Ele vivia o presente com tanta energia que o futuro derretia na sua frente, facilitando ser moldado de acordo com todas as suas ideias.
A própria Pixar, comprada depois de sua saída da Apple, era uma empresa pequena e que não dava nenhum lucro. Ela era parte da Lucas Film e foi vendida por George Lucas para desentulhar seu espaço.
Steve olhou para aquela promessa manca e cambaleante e decidiu lhe dar uma chance de 5 milhões de dólares.
O resto dessa outra história você também conhece.
Hoje, a PIXAR acumula vários Óscares e bilhões de dólares em lucros. Além de ser a queridinha da Disney, que não se deu ao trabalho de misturar a empresa ao seu setor de animação, lhe dando espaço e autonomia criativa, a fim de garantir continuidade em suas vitórias.
Steve Jobs fundou a Apple baseado em intuição.
Não havia certezas, dados, local físico, equipe especializada e nem mesmo dinheiro para financiar os primeiros passos da empresa.
Hoje, a trilionária empresa, mesmo sem seu fundador mais icônico, permanece uma referência de sucesso orgânico porque deve ter aprendido com a lição anterior.
Desde o retorno de Jobs, a Marca continua sendo original em suas leituras de inovação e pioneira em praticamente tudo o que se propõe a fazer.
Isso é ter um DNA persistente.
Algo do qual não podemos fugir. Como um vício em olhar para o futuro e acreditar na mágica da intuição, mesmo que haja números, dados, pessoas qualificadas e muita, muita grana para financiar isso tudo.
Claro que sonhar sem ter o chão sob nossos pés é bem mais arriscado e concede à intuição uma aura muito mais intensa e enigmática, conferindo um brilho todo único ao que acontece logo em seguida.
Independente da força e da beleza que a habilidade intuitiva de qualquer pessoa tem, principalmente quando ela se confirma como algo real e poderoso, é preciso ter claro duas coisas básicas muito bem definidas:
1. Intuição não é mágica – Usamos conhecimento para conectar os pontos e ver o que ninguém ainda conseguiu perceber. Prestar atenção aos detalhes e acertar o alvo que ninguém está vendo faz toda a diferença, mas isso só é possível se somos sensíveis, ou seja, se nossos sentidos estão alertas e operando em sua potência máxima, combinando informações e percepções finas.
2. O mundo é dos espertos – Se você tem o privilégio de perceber primeiro as ideias, oportunidades e portas abertas e não toma uma atitude, ficará eternamente comendo poeira. Se tem intuição apurada use a seu favor. Atire à queima roupa sempre que as melhores ideias pousarem sobre sua mente. Não dê chance para voarem em busca de outros olhos.
Quem transforma suas ideias em sementes, escolhendo o solo adequado e a combinação de elementos equilibrada, com certeza colhe seus resultados.
Sementes guardadas são souvenir ou comida de passarinho.
Ideias ocultas, por melhores que sejam, viram entulho na sua mente ou alimento para uma futura depressão.
Afiar a intuição é se permitir viver experiências diferentes, conhecer pessoas interessantes e dar a nós mesmos oportunidades de abraçar o novo.
Isso fertiliza suas ideias e cria camadas cada vez mais densas e profundas na sua percepção de mundo.
Jobs não era melhor que ninguém, mas ele aprendeu o valor de ligar os pontos, conectar ideias e perceber futuros possíveis.
Outro talento valioso que ele tinha era o de selecionar pessoas de altíssimo nível para cultivarem ideias sempre em parceria.
Sonho que se sonha junto é realidade.
Não há mágica e nem mistério na Intuição, por mais que muitos insistam em repetir que existe algo sobrenatural nela. Mude a sua rotina, um grau e um dia de cada vez, e começará a ver que seus sentidos vão entregar percepções que pareciam impossíveis.
Jobs começou pobre, descalço e sem credibilidade.
Ele plantou suas sementes, acreditou, batalhou, insistiu, conectando pontos e pessoas. Hoje, todos nós temos nossas vidas impactadas de alguma forma pela história desse homem.
Será que ele queria apenas construir coisas? Será que o seu desejo era só ganhar muito dinheiro? Será que suas ideias realmente faziam sentido?
Estamos aqui hoje, quase 50 anos depois, falando do vislumbre do futuro de um homem que abraçou com todas as suas forças o seu talento mais valioso.
A sua intuição funcionou e isso ninguém pode negar.
Existem tantos futuros quanto há estrelas no universo, e isso já é motivo suficiente para nos animar.
Para onde a sua intuição vai levar você hoje?
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