Não saia da sua zona de conforto?

Desafie sua zona de conforto e expanda suas fronteiras para o crescimento pessoal e profissional. Aprenda a construir uma “zona de conforto 2.0”.
Child napping peacefully with teddy bear on red checkered couch with cozy cushion illustration Child napping peacefully with teddy bear on red checkered couch with cozy cushion illustration

Sim, não seria inteligente sair da sua zona de conforto, ao contrário do que a maioria diz.

Sugiro algo diferente: aumente, ainda e cada vez mais, esse espaço onde você se sente bem.

E, por que não?

Afinal, é onde a gente tem tudo aquilo que precisa para viajar pela vida, certo?

Certo! Mas, aí depende das configurações que operam em sua mentalidade.

Se seu Mindset acredita no esforço contínuo, a sua “zona de conforto” será sempre flexível e cheia de possibilidades, com fronteiras elásticas, com isso sendo o seu verdadeiro e grande poder.

O caranguejo ermitão é um bichinho interessante.

Ele mora em uma concha, onde guarda seu frágil corpinho, protegido de predadores. Mas, a sua casa móvel limita o seu crescimento, e também pode acabar sendo sua própria sepultura se ele não a trocar por uma maior.

Só que aí que está o perigo. Durante a troca de concha, para um espaço maior, ele corre o risco de se expor e ser devorado por predadores.

Eis o dilema: trocar e crescer ou ficar para morrer ou permanecer limitado?

Vivemos isso também, todos os dias.

Conversar ou deslizar o feed? Academia ou Netfix? Salada ou podrão? Visitar a vovó ou balada? Ir pra roça ou ficar na laje? Coca ou água? Dormir cedo ou só mais uma saideira? Texto longo ou um meme? Eu mesmo faço ou peço para o GPT resolver?

Qual a sua preferida ou quais as que você incluiria aqui?

A zona de conforto de quem faz escolhas que doem é aquela que tende a crescer com o tempo, junto com a sua bagagem.

Quando sentimos que nosso “frágil corpinho” já não cabe no espaço onde vivemos, é hora de novas aventuras.

Ao contrário da zona de conforto clássica, onde nos escondemos dos desafios do mundo, a nova zona de conforto é onde guardamos as ferramentas que nos capacitam a levar as fronteiras sempre um pouco mais adiante.

A Zona 2.0 nos estimula a querer sempre mais.

Nela não há apenas o conforto, puro e simples. Nessa nova versão, a conveniência significa que estamos sempre prontos para novos desafios. Por isso podemos chamá-la de zona de conforto com toda a tranquilidade, pois não dura muito a pausa, como em um pit stop de fórmula 1.

Bora que a vida é uma corrida, e cada desafio, como nos pit stops, dependemos das pessoas com quem nos relacionamos.

A inspiração para escrever esse artigo veio da leitura do artigo da Daniela Cais Chieppe, para o O Futuro das Coisas, onde ela fala como são hard as soft skills.

Para ela, a comunicação esclarecida quanto a forma de lidar com o fluxo de pessoas diversas induz ao processo de compreensão e colaboração; “deles decorrem inúmeras oportunidades de trocas entre as pessoas, emergindo a empatia, o pensamento crítico, a criatividade, a consciência relacional, a lógica estratégica, enfim, os recursos necessários para o bom desempenho das funções e para a vitalidade dos negócios”.

Muito interessante essa visão, não é?!

O artigo dela me fez refletir sobre como nos relacionamos com nossas habilidades e como isso pode e deve afetar a nossa capacidade de inovar criativamente, tendo as pessoas ao nosso redor como o verdadeiro combustível para ampliar as fronteias de nossas antigas zonas de conforto.

Mas, há desafios imensos.

Acredito que é frágil a bagagem que levamos de casa para a escola, e é ainda mais frágil a bagagem que acumulamos na escola; a qual levaremos para a “vida”.

E, aqui, me refiro à bagagem emocional.

Cada situação, empresa, possíveis relacionamentos (de qualquer natureza), etc., são testes sociais, onde é exigido aprendizado constante, e em tempo real.

Com essas lentes no ambiente corporativo vemos que, a cada novato que surge o “sistema de imunidade emocional” precisa se reconfigurar para dar conta da sua presença, e isso inclui todo mundo, principalmente quem está em posição de liderança.

Caso contrário, as bordas da zona de conforto de todos permanece a mesma, e o clima organizacional perde a chance de ser mais fértil.

Pode-se aprender muito com quem acabou de chegar; e é aí que se encontra o desafio.

Não saímos prontos dos úteros, nem dos braços de nossas mães, nem das formaturas e nem do antigo emprego naquela maravilhosa multinacional.

Sempre é tempo de aprender e de reaprender; principalmente com as pessoas que nos soam muito diferentes do que achamos “normal”.

Daí, será possível uma bela colheita de empatia, pensamento crítico, criatividade, consciência relacional e uma generosa penca de lógica estratégica, feitos da mais pura e suculenta Diversidade Humana.

O que você acha?

Você já se perguntou por que é tão difícil sair da zona de conforto?

É como se estivéssemos presos em um ciclo infinito de segurança e familiaridade, mesmo quando sabemos que precisamos evoluir e crescer.

A verdade é que o desconhecido pode ser assustador e o risco de fracasso pode nos paralisar.

No entanto, é importante lembrar que o verdadeiro crescimento ocorre quando nos desafiamos e nos aventuramos além dos limites que conhecemos.

Ao ousar sair de nossas zonas de conforto, enfrentamos uma série de dores e incertezas.

Podemos nos sentir vulneráveis, ansiosos e até mesmo com medo do desconhecido.

No entanto, é importante reconhecer que essas dores são parte natural do processo de crescimento e evolução.

Quando administradas de forma eficaz e em colaboração com outras pessoas confiáveis, essas dores podem se transformar em oportunidades de aprendizado e crescimento.

A colaboração desempenha um papel fundamental na ampliação de nossas zonas de conforto.

Ao nos cercarmos de pessoas que nos apoiam e nos incentivam a buscar o desconhecido, podemos enfrentar desafios com mais confiança e resiliência.

Além disso, a colaboração nos permite compartilhar recursos emocionais e estratégias de enfrentamento, tornando o processo de expansão da zona de conforto mais suportável e gratificante.

Quanto maior a nossa nova nova zona de conforto, mais recursos emocionais temos à nossa disposição para enfrentar novos desafios.

À medida que ampliamos nossas fronteiras pessoais de conforto emocional, descobrimos uma riqueza de novas possibilidades e oportunidades.

Cada desafio superado nos fortalece e nos capacita a enfrentar os desafios futuros com mais confiança e determinação.

No entanto, é importante lembrar que a zona de conforto não é um destino final, mas sim um ponto de partida para o crescimento e a evolução contínua.

À medida que avançamos em direção ao desconhecido, é fundamental manter uma mente aberta e flexível, pronta para adaptar-se e ajustar-se às mudanças que encontramos pelo caminho.

Portanto, ousar sair de nossas zonas de conforto, buscar o desconhecido e enfrentar desafios com coragem e determinação é o verdadeiro caminho para a evolução pessoal e profissional.

Não se trata apenas de sobreviver, mas sim de prosperar e crescer em meio à incerteza e à adversidade. Lembre-se de que é no desconhecido que reside o verdadeiro potencial humano.

Assim como o caranguejo eremita, nós enfrentamos a encruzilhada entre permanecer seguros em nossa zona de conforto atual ou arriscar-nos em direção a novas possibilidades de crescimento.

Ao nos acomodarmos excessivamente em nossa concha mental, corremos o risco de limitar nosso potencial de evolução e sufocar nossas aspirações mais profundas.

O eremita, ao optar por trocar de concha, não o faz apenas para escapar do sufocamento, mas sim para possibilitar seu próprio crescimento e desenvolvimento contínuo.

O risco iminente que enfrenta ao abandonar sua concha representa uma metáfora poderosa para os desafios emocionais que enfrentamos ao buscar a evolução pessoal e profissional.

No entanto, é somente ao enfrentarmos esses desafios que podemos verdadeiramente expandir nossos horizontes e descobrir novas oportunidades de aprendizado e crescimento.

Da mesma forma, nós também precisamos estar dispostos a abandonar nossas antigas mentalidades e nos aventurar além dos limites do que é familiar.

Ao nos desafiar a enfrentar os medos que nos prendem, descobrimos novas perspectivas e oportunidades de crescimento.

Ao nos arriscar para expandir os horizontes conseguimos verdadeiramente evoluir, criando versões melhores e mais resilientes de nós mesmos.

O único jeito de expandir Zonas de Conforto é saindo delas.

A tradicional se torna um cantinho quente de onde preferimos nunca sair, pois estamos acostumados com a dopamina nossa de cada dia, que nos mantém ali, deitados eternamente em berço esplêndido.

Confiantes de que estamos fazendo a coisa certa, pois as regras são claras e o jogo parece já ganho.

Mas, em um mundo como esse no qual tanto o jogo quanto as regras mudam o tempo todo, esse modelo de zona de conforto não funciona mais.

Para Mark Twain coragem não se trata de ausência de medo, mas a arte de resistir a ele, e dominá-lo.

A Zona 2.0 é um lugar de conforto pois lá estarão os recursos conquistados por você, que vão permitir navegar e, se necessário, surfar as ondas que parecem não cessar nos digitais dias contemporâneos.

Você deve sair dela, por um breve tempo, com o único objetivo de torná-la ainda maior. Pois, quanto mais amplo seu espaço, mas recursos e mais “conforto” para uma viagem que parece não diminuir a velocidade, na direção de futuros que prometem ser divertidamente imprevisíveis.

E aí, bora trocar de concha?

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