Museu Van Gogh libera itens da coleção particular de referências do artista

Museu Van Gogh libera itens da coleção particular de referências do artista Museu Van Gogh libera itens da coleção particular de referências do artista

Você já notou referências à arte japonesa nas obras de Van Gogh? Pois é. O artista era um grande apreciador da mesma, especialmente das xilogravuras, e era um grande colecionador delas.

Para quem ficou curioso em conhecer melhor esse lado, o Museu Van Gogh, de Amsterdã, anunciou recentemente que mais de 500 itens do acervo pessoal do pintor estão disponíveis para download por meio do site do museu.

Museu Van Gogh libera itens da coleção particular de referências do artista

As peças fazem parte de um movimento que, ao redor do mundo, ficou conhecido como japonismo e consolidou-se no final do século XIX. Além de Van Gogh, a arte oriental influenciou e serviu de inspiração para diversos outros artistas, como é o caso do francês Edgar

Degas. Entre os temas retratados na obra do Japão, estão paisagens, natureza, lutadores de sumô, figuras da cultura popular e cenas cotidianas da região naquele período.

O site do museu apresenta a novidade da seguinte maneira: “Vicent van Gogh colecionou centenas de gravuras japonesas. Agora, você também pode ter a mesma inspiração que ele encontrou no poder e nas cores intensas da arte japonesa”.

Museu Van Gogh libera itens da coleção particular de referências do artista

Ali, também estão reunidas algumas curiosidades. Por exemplo: no inverno de 1886, Van Gogh comprou 660 xilogravuras de um comerciante de arte de Paris, Siegfried Bing. No sótão da galeria de Bing, o holandês passou horas folheando as milhares de gravuras que estavam à venda por preços baixos.

O pintor não escolheu os trabalhos mais conhecidos ou mais caros – e sim aqueles que traziam as cores mais vivas e os motivos mais atraentes, como gueixas em kimonos e paisagens exóticas. Na época, ele chegou a afirmar que a arte do futuro deveria ser colorida e alegre, assim como a gravura japonesa.

As aquisições de Van Gogh ficaram penduradas nas paredes de seu estúdio, dentro do apartamento que ele dividia em Paris com seu irmão, Theo. Ao dar zoom em algumas das versões digitais das mesmas é possível ver até manchas de tinta ou óleo – provavelmente porque elas ficavam perto do local que o artista pintava. 

Além da versão online, foi publicado também um livro que explora a coleção de Van Gogh em detalhes. “Impressões Japonesas – A coleção de Vicent van Gogh” apresenta quase 150 impressões pertencentes ao artista e traz análises de autores – Chris Uhlenbeck, Louis van Tilborgh and Shigeru Oikawa – sobre a composição e a qualidade da coleção. A publicação está disponível em inglês ou holandês e custa pouco mais de 32 euros. Quem se interessar, pode efetuar a compra pelo próprio site do museu

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