O Publicis Groupe anunciou a integração da Leo Burnett e Publicis Worldwide em uma nova rede criativa, denominada Leo Constellation, ou simplesmente Leo.
Este movimento estratégico alinha-se ao objetivo do grupo de manter sua posição de liderança em um mercado em frequente evolução tecnológica e econômica.
A rede Leo nasce como a maior operação criativa do Publicis Groupe, envolvendo 130 agências e aproximadamente 15 mil profissionais espalhados por 90 países. A reestruturação não implicará em reduções de postos de trabalho, conforme esclarecido por executivos do grupo.
Na prática, a fusão resulta em significativas transformações, especialmente na América do Norte, onde agências como Publicis New York e Publicis Chicago serão reorganizadas sob a marca Leo.
A nova estrutura organizacional será liderada por Marco Venturelli, CEO e diretor criativo da Publicis Conseil, e Agathe Bousquet, presidente do Publicis Groupe na França. Ambos são reconhecidos por seus históricos de excelência e inovação, comprovados recentemente ao conquistarem o prêmio de Agência do Ano no Cannes Lions 2024.
Este movimento corrobora com uma tendência setorial de busca por maior sinergia e inovação, refletida também na recente aquisição do Interpublic Group pelo Omnicom Group. Carla Serrano, CSO Global do Publicis Groupe, compartilhou que a fusão foi meticulosamente planejada, focando na integração cultural e operacional das agências envolvidas.
Os escritórios da Leo Burnett agora serão apenas Leo, como Leo Chicago. Algumas reações são de que essa mudança é uma modernização esperta, mas outras criticam a perda de identidade histórica da marca.
A decisão de manter o nome Leo foi vista como positiva por antigos diretores. Emma Montgomery, antiga CEO da Leo Burnett Austrália, espera que a cultura e a filosofia da Leo sejam mantidas. Contudo, algumas pessoas lamentam a decisão, dizendo que a fusão tira o encanto da agência original.
Reações
Manter o nome Leo é positivo para ex-executivos, mas é preciso mais para que a agência prospere. Emma Montgomery, ex-CEO da Leo Burnett Austrália, espera que além do nome, a filosofia da Leo seja mantida. Simon Fairweather, ex-diretor da Leo Burnett Detroit, está contente com a preservação do nome.
Carla Serrano, CSO do Publicis Groupe, diz que a Leo se encaixa no cenário atual, sendo coordenada por uma liderança única. Consultores elogiaram a fusão com a expertise em dados da Publicis. Lisa Cochrane da AAR Partners destaca que a criatividade da Leo seguirá à frente.
No entanto, a fusão traz preocupações. Lisa Cochrane vê risco ao rebranding e acredita que a identidade original da Leo está em perigo. Amy Cheronis, da Scratch Collective, critica a mudança e sugere que a essência da Leo vive em agências independentes.
Matt Ryan, CEO da Roth Ryan Hayers, acredita que há vantagens em mudar o nome, afastando preconceitos e refletindo uma visão moderna e inovadora da agência.
O grupo Publicis defende que a fusão une a criatividade da Leo com a expertise em tecnologia da Publicis. No entanto, muitos clientes e antigos funcionários estão preocupados com as mudanças, que podem obscurecer a essência da Leo Burnett. Por outro lado, alguns especialistas acreditam que esses movimentos são um sinal de que o mercado está buscando soluções mais eficientes e modernas.
Esta reformulação é um reflexo da contínua adaptação do Publicis Groupe às exigências do mercado global, visando unir a excelência criativa da Leo Burnett com a inovação e capacidade de transformação da Publicis Worldwide. Com isso, o grupo espera não apenas conservar sua relevância, mas também expandi-la, capturando novas oportunidades em um cenário publicitário globalizado e dinâmico.
