Visualizando correntes marítimas

Essa visualização mostra uma animação das correntes marítimas de todo o planeta, registradas entre junho de 2005 e dezembro de 2007
Visualizando correntes marítimas Visualizando correntes marítimas

Quem já correu em círculos em piscina de criança sabe o poder de uma corrente.

Essa visualização mostra uma animação das correntes marítimas de todo o planeta, registradas entre junho de 2005 e dezembro de 2007, usando dados do  Goddard Space Flight Center, da NASA.

Quem fez essas grandes hidrovias, que não mudam nunca, foi o Sol e a Lua, que usam sua gravidade para puxar a água de um lado para o outro enquanto o planeta gira por baixo. E dessa brincadeira vem as diferenças de clima, temperatura, salinidade, ondas, marés, etc.

Perpetual Ocean

Quem já correu em círculos em piscina de criança sabe o poder de uma corrente.

O lado oeste da Europa, por exemplo, deve muito a famosa “Corrente do Golfo”,  que esquenta seu litoral deixando o mar numa temperatura bem mais agradável do que qualquer outro lugar nessa latitude. Ou seja, as praias da Espanha, Portugal e até da Noruega tem aquecimento “made in USA”.

Vendo essa animação é impossível não pensar nos grandes exploradores e suas embarcações à vela. Ventos rodando por cima, mar rodando por baixo. Acho que demoramos alguns anos para aprender a usar isso tudo a nosso favor, como fazem os animais aquáticos (lembra das tartarugas no Nemo?)

O que mais me chamou a atenção foi:

01. além das grandes correntes, o mar é todo encaracolado (redemoinhos). Do equador pra cima, em sentido horário, e para baixo, no sentido anti-horário. Se o planeta fosse só água, haveria uma correntona na linha do equador, mas como tem terra a água bate e gira, uma espécie de turbulência, algo comum entre a hidrodinâmica e a aerodinâmica.

02. Tem uma estradona absurdamente gigante entre a África e o nordeste do Brasil. Dava até pra justificar aquela velha mentira do Cabral  “desviando acidentalmente sua rota” e dando de cara com o Brasil.  E acho que se o Amyr Klink tivesse voltado com seu botinho a remo da África por Recife, teria chegado bem rapidinho.

03. O cabo das tormentas, no sul da África, é mesmo bem atormentado. Ventos devem seguir um padrão parecido. Lugarzinho encapetado mesmo, como aprendemos na escola.

Achei esse mapa na Wikipedia que mostra os nomes das principais correntes e quais são as quentes e as frias.

E cuidado na próxima vez que você entrar no mar para não perder o pé. Você vai boiar até a Argentina.

4 comments
  1. Pena que o sudeste brasileiro ficou de fora the animação. É interessante notar como qualquer anomalia na temperatura the corrente que passa no Chile (niño-quente e ninã-frio), tenha influência imediata no clima do lado de cá.

Deixe um comentário