Não, esta não foi mais uma palestra que parece ter saído de um filme sci-fi da década de 90. Falava-se sobre tecnologia em meio a saúde de forma tecnológica, colaborativa e, o mais legal de tudo, real.
Hackathons sendo utilizados para fins clínicos já não são novidade para o MIT, mas agora tudo indica que estamos em uma realidade onde é mais fácil realizá-los e até escalar as soluções obtidas em cada um deles. Por isso, por exemplo, a empresa de design IDEO está envolvida no desenvolvimento de tipos de evento como estes, gerando inovação, conectando pessoas e ajudando no desenvolvimento da solução final para o público que a precisa.
E desta conversa interessantíssima sobre o tema posso destacar 3 pontos:
- Hackathons com perfis diversos têm gerado melhores resultados.
Não é novidade, já sabemos que equipes mais diversas têm maior poder de gerar inovação (não sabemos?). Diferentes backgrounds e ângulos de visão tornam o processo mais rico. - O mais importante não é o resultado final, mas o processo de aprendizado e inovação.
Claro que ter uma solução final quase pronta para ir pro mercado e ajudar pessoas a terem melhores vidas é fantástico. Mas, mais que isso, participar de um processo de inovação e ver o caminho que chegou na solução, ajuda os participantes a aprenderem com o processo e criarem capacidade de repeti-lo no dia a dia de trabalho, podendo gerar novas e novas soluções para a área da saúde. - O conceito “fail fast, fail often” não é tão legal para esta área.
Por motivos óbvios, né? Na medicina, diferente do Vale do Silício, não há muito espaço para erros e esta cultura não é tãããão promovida assim.
Mas, pra mim, o mais legal dessa conversa toda foi entender como a indústria da medicina está avançando a passos largos para tratar dos pacientes e como alguns conceitos da área estão mudando, como por exemplo o de trabalhar colaborativamente. Os próprios pacientes que participam dos hackathons relatam que é incrível participar disso, pois é quando sentem que de fato estão sendo ouvidos sobre o seu problema e veem alguém agir para curá-lo em cima de suas informações.
Dá uma olhadinha neste vídeo para entender o trabalho do MIT Hacking Medicine: