Com certeza a lacuna acima poderia ser preenchida por muitas palavras. Cada um teria a sua e, se possível, faria um futuro do seu jeito. Depois de assistir à palestra de Martin Wezowski, Chief Designer da SAP, eu passei a acreditar ainda mais nessa pluralidade de ideias e provavelmente preencheria a minha lacuna com COLABORATIVO.
Antes de termos uma boa ideia, precisamos ter várias. E várias ideias só vêm da diversidade. Se são as boas ideias que nos levam à inovação, porque ainda não estamos tratando a colaboração como o grande passo para o futuro?
O que experimentamos hoje no mundo é um fluxo exponencial de mudanças onde tudo o que era e o que é analógico passa a ser digital. Desde a criação, por exemplo, de alumínio e madeira transparentes até o desenvolvimento de sensores que leem nosso cérebro e inteligências artificiais que desafiam o limite do que é humano e o que é máquina, estamos criando e tomando decisões que interferem decisivamente no futuro. E essas decisões se traduzirão cada vez mais em inovações e revoluções se forem orquestradas. Ou seja: pensadas em conjunto. A articulação das ideias é o que, de fato, vai mudar o mundo.
A Lapka, uma empresa de design russa, composta por 05 pessoas, foi recentemente comprada pelo Airbnb. Entre as soluções que a pequena empresa já criou estão peças minimalistas que misturam madeira e plástico para avaliar o ambiente à sua volta (humidade, temperatura, radiação, frequência eletromagnética e até o quão saudável é o alimento que você está comendo) e uma espécie de bafômetro (só que lindo!). Então, por que, o Airbnb se interessaria por uma empresa como essa? Por que eles são um elo de conexão de ideias. Imagine o Airbnb criando fechaduras inteligentes que evitem o encontro entre proprietário e viajante ou ainda sensores que avisem ao proprietário quando o convidado fez check-in ou check-out na sua propriedade.
No fim, a mensagem da palestra que ficou para mim foi: sim, é ótimo que estejamos inovando e criando coisas com cada vez mais qualidade e rapidez. Mas o futuro que nós queremos viver depende muito do quanto conseguirmos nos conectar como pessoas hoje. São as ideias de todos, inclusivas, diversas, plurais que, juntas, vão criar as perspectivas do amanhã.
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Hebe Veiga Marisa Bastos