Só quem viveu os cléks-cléks das teclas, os vrrrfffff…klank! do cilindro e o famoso ping! do fim da linha, sabe como era o som ambiente de uma redação. Dava pra saber quem era trabalhador e quem era preguiçoso de longe. E também quem tinha feito um curso de datilografia e quem tinha se virado sozinho, os famosos catadores-de-milho que, depois de um tempo, viravam exímios catadores-de-milho, batucando letrinhas com dois dedos, mas com desenvoltura (meu caso).
Mas tem uma turma lá em Boston que foi um passo além e transformou essa habilidade e esses sons em música. Estou falando da “The Boston Typewriter Orchestra”, formada em 2004 por 6 tiozões que tocam máquinas de escrever até hoje, com direito a turnê e discos (digitais, mas também de vinil, claro).
Ouça um pouco do som da “The Boston Typewriter Orchestra”:
Talvez o mais impressionante seja imaginar o processo de composição das músicas. Se você já ouviu uma orquestra afinando e todos aqueles sons aleatórios se misturando, imagine o que acontece com 6 caras batucando máquinas de escrever no mesmo ambiente. Cacofonia e caos, como sempre foi nas redações.
Bônus
Claro que não dá para falar de máquina de escrever “rítmica” sem lembrar da famosa cena do Jerry Lewis. Como a original você deve conhecer, optei por trazer um “tributo”.