“The Tree of Languages” ilustrada em infográfico

"The Tree of Languages" ilustrada em infográfico "The Tree of Languages" ilustrada em infográfico

Para Pascal-Emmanuel Gobry, escritor da Forbes baseado na França, o francês, entre todas as línguas, é a que merece o título de “language of the future”. Não se trata de um idioma falado apenas por franceses – e tem sido assim há muito tempo. Estamos discutindo aqui uma língua que está se expandindo rapidamente e ganhando espaço especialmente em áreas que crescem muito rápido, como a África Subsaariana. A projeção mais recente afirma que o francês será falado por 750 milhões de pessoas até 2050 – a título de comparação, atualmente, aproximadamente 250 milhões de pessoas no mundo falam português, com o Brasil correspondendo a cerca de 80% desse total. Se a previsão se confirmar, o francês, até essa data, seria a língua mais falada do planeta, à frente do inglês e do mandarim, por exemplo. 

Essa é uma das conclusões tiradas no processo de interpretação do infográfico ilustrado da “Tree of Languages”.

A partir de uma longa e célebre trajetória passada, é possível acreditar no francês como a língua do futuro. A criação do desenho, que é praticamente uma obra de arte, é de Minna Sundberg, ilustradora e cartunista finlandesa. Ela é conhecida pelos webcomics “Redtail’s Dream” e “Stand Still, Stay Silent” – os idiomas mencionados no gráfico, aliás, são aqueles falados ou citados no contexto da história em quadrinhos “Stand Still, Stay Silent”.

"The Tree of Languages" ilustrada em infográfico

“Quando os linguistas falam sobre a relação histórica entre línguas, eles usam uma metáfora de árvore”, explica Arika Okrent, da Mental Floss, revista online e empresa de mídia digital norte-americana. “Uma fonte antiga – europeia, por exemplo – tem várias ramificações – românicas, germânicas – que, por sua vez, possuem outras ramificações – germânica ocidental, germânica do norte – que se alimentam em idiomas específicos, como sueco, dinamarquês e norueguês”

No desenho de Sundberg, a artista leva essa metáfora da árvore a sério, traçando, de modo literal, como as raízes linguísticas indo-europeias germinaram uma variedade de idiomas modernos, incluindo hindi, português, russo, italiano e, claro, o francês, a tal da “língua do futuro”. Na obra, o tamanho dos galhos e folhas representa o número de falantes de cada idioma em diferentes momentos. Alguns se destacam, como inglês e espanhol, enquanto outros aparecem mais tímidos, em um reflexo de suas curtas expansões locais, como sueco, holandês e punjabi. A tonalidade das folhas também é sugestiva – os idiomas mais “recentes” são representados por um azul mais claro, enquanto os mais antigos já estão mais escuros, como se as folhas já estivessem mais secas, prestes a cair. 

O desenho permite uma série de interpretações – dá pra ficar horas reparando em cada detalhe. Inclusive, para quem tiver interesse em observá-lo de forma mais completa, ele está à venda, em versão impressa, na loja online Hivemill, em três tamanhos diferentes. Os valores variam entre 15, 25 e 30 dólares. 

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