O vocalista do a-ha, Morten Harket, escreveu pela primeira vez o trecho que se tornou “Take On Me” quando ele tinha apenas 15 anos de idade. A banda atiçou letras e notas da música, por anos, e de várias formas, antes de finalmente entregar a versão clássica que todo mundo (literalmente, todo mundo) conhece hoje. Mas ainda levou várias tentativas de lançamentos – tanto nos EUA quanto no Reino Unido, ao longo de 1984 e 1985 – até que a música finalmente chegasse ser O hit.
Hoje, “Take On Me” está entre as músicas pop mais memoráveis e icônicas dos anos 80, e está quase tão popular como sempre. O videoclipe logo ultrapassará a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube, um marco que só foi atravessado por dois clipes: “November Rain“, do Guns N ‘Roses, e “Bohemian Rhapsody“, do Queen. (“Smells Like Teen Spirit” do Nirvana também está se aproximando.) Isso além de 529 milhões de ouvintes no Spotify, sem contar na rotação quase constante em filmes e programas de TV, nas rádios de rock clássico e nos comerciais. Também existem várias versões de covers notáveis, incluindo versões de Madonna, Jonas Brothers, Reel Big Fish, Weezer e uma versão de D. A. Wallach, que foi apresentada no quase-ganhador-de-melhor-filme “La La Land“.
O vídeoclipe “Take On Me” criou a memorável animação com live-action anos antes de Robert Zemeckis fazer “Who Framed Roger Rabbit“. A música era originalmente acompanhada por um clipe diferente, que não decolou na MTV (era bem ‘genérico’ para época), mas o executivo da Warner Bros. Records Jeff Ayeroff permaneceu convencido de que a música seria um sucesso. Então, ele organizou um vídeo de acompanhamento, com segmentos de live-action dirigidos por Steve Barron, acompanhados de animação em sketch da dupla Michael Patterson e Candace Reckinger. A versão final levou três meses para ser concluída.
a-ha teve um sucesso considerável na Noruega, sua terra natal, e em toda a Europa. (Alguns anos depois, eles tocaram a música-tema do filme de James Bond de 1987 “The Living Daylights“!) A banda continua em turnê e sua recente atualização acústica da MTV Unplugged de “Take On Me” apareceu no blockbuster “Deadpool 2“.
Infelizmente, às vezes eles são referidos como uma banda de “one-hit wonder”. Eu prefiro dizer que é “one-unique-hit wonder“. Poucas músicas conseguem dizer que “não são de uma época”, essa é uma delas, e continuará junto com nossa vontade de, de vez em quando, clicar no play e curtir.
Feliz-Quase-1-Bilhão!