O New York Times analisou alguns dos materiais desatualizados ou ofensivos que provavelmente nunca chegarão a plataformas de streaming como o Disney+. “Song of the South“, por exemplo, um musical de 1946 que mistura ação ao vivo e segmentos de animação, não é exibido publicamente há 33 anos e não estará disponível na plataforma devido à sua representação favorável do que a NAACP na época chamava de “um relacionamento idílico entre mestre e escravo“.
Embora este seja provavelmente o exemplo mais famoso de um “clássico” da Disney que foi removido da exibição do público, existem outros filmes e programas de TV problemáticos que permanecerão no cofre também. (“The Devil and Max Devlin“, de 1981, também não aparece no serviço, provavelmente porque estrelou o comediante desonrado Bill Cosby, atualmente cumprindo pena de prisão por agressão sexual.)
Em alguns casos, a Disney permitiu que conteúdos desatualizados ou ofensivos permanecessem de modo original, alguns até revisados em relançamentos de blu-ray, DVD e até VHS – por exemplo, os corvos em “Dumbo“, que são apresentados como caricaturas amplas e racistas -, mas acrescentou avisos aos espectadores de que o programa “Este programa será apresentado como foi criado originalmente. Pode conter representações culturais desatualizadas.”
A recepção até o momento foi de curiosidade, e até de cobrança, já que a Warner faz isto com seus desenhos já há anos em cada lançamento de DVD. Pais e adolescentes poderão controlar melhor o conteúdo já que a plataforma tem diversas opções novas, incluindo uma nova versão, de Dumbo (2019) em live-action (no Brasil disponível já pela Amazon Prime), mas o tempo e o público irá dizer se querem ou não novas versões de clássicos.
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