Não faz muito tempo em que a media entrou em frenesi ao ouvir de um fundador de uma empresa, que tinha acabado de conseguir contratos com a Space X, anunciar que teríamos tão logo a primeira equipe de colonizadores em Marte.
Mars One começou a divulgar que precisavam de pessoas para serem os primeiros colonizadores de Marte, prometendo uma viagem para já 2023. O tempo passou, a empresa começou a não mostrar resultados de evolução técnica, 200 mil pessoas participaram do casting call e já temos selecionados que tiveram a promessa até de fazerem testes na NASA – de aptidão… A primeira missão de carga Mars One a Marte foi proposta para lançamento em 2022, seguida por uma missão tripulada em 2024, mas sem fundos, hardware e sem lançador, isso não aconteceu. A empresa perdeu investidores em 2019, e todos os contratos… Mas, porque ainda nada disto existiu?
O Daily Show fez uma pauta bem recente sobre isto, veja:
E como vivemos em uma época em que as pessoas estão com tendências de apoiar o que consideram ser evolução, mas caindo constante no conto falso, como aconteceu com o caso da Theranos, vale pensar o porque a sociedade esta seguido por este caminho – quase de desespero.
Talvez seja porque não viver neste futuro prometido nos faz lembrar não só da nossa autoconsciência da mortalidade, mas também da compreensão do ponto correto de nossa evolução, e desanima profundamente. – Em contrapartida, essa própria consciência de que não somos tão evoluídos assim, nos permitiria focar e entender melhor como acelerar nosso futuro.
Seja como for, o marketing dessas empreitadas tem ajudado a entender onde estamos em nossa vontade, crença e pressa, e nos ajuda a entender cada dia mais a natureza humana quando o assunto é a vida além da Terra. Queremos evoluir, mas se mostra doloroso demais ouvir que é só com o tempo, e contos de um futuro possível acaba nos entregando ânimo lúcido e fantasioso, com a vontade deixar a marca de nossos pés em nosso solo do hoje e do amanhã.