Assim como os seguidores mais radicais de Lennon e Elvis duvidam até hoje que seus ídolos tenham passado desta para uma melhor, Bruce Lee também segue vivo no imaginário de legiões de fãs em todo o mundo.
45 anos após a morte prematura da lenda das artes marciais e astro de cinema, sua história permanece mais como um mito do que como a trajetória de um homem cuja vida era cheia de complexidade e luta (com perdão ao irresistível trocadilho).
Combinando imagens raras de filmes e gravações de áudio com seus próprios escritos e entrevistas com seus entes queridos mais próximos, Be Water, dirigido por Bao Nguyen e produzido por Julia Nottingham teve a sua premiere no Festival de Sundance, que rolou de 23 de janeiro a 02 de fevereiro neste ano.
O documentário – que teria sua premiere especial no SXSW – é um retrato íntimo e em camadas de um homem sino-americano oprimido que foi capaz de transcender o racismo, o colonialismo e a xenofobia para se tornar uma das figuras pop mais influentes do nosso tempo.
A obra vem como uma resposta pungente logo após a polêmica envolvendo Quentin Tarantino e seu excelente “Era uma vez em… Hollywood”, que foi duramente criticado pelo retrato exibicionista de Bruce Lee – e até acusado de racismo por muitos. Shannon Lee, filha do ator, se pronunciou a respeito, dizendo ter se sentido ofendida e desconfortável com a cena, que você confere abaixo:
Tarantino, fã assumido do astro, respondeu à polêmica explicando que o personagem era fictício, mas que ainda assim, o comportamento e as declarações de Bruce Lee foram baseadas em seu conhecimento do ator, fundamentado em estudos e biografias:
“Bruce Lee era meio que um cara arrogante. O jeito que ele falava… Eu não inventei, ouvi ele falar coisas como essas. As pessoas me dizem ‘ele nunca disse que poderia derrotar Muhammad Ali’ e sim, ele disse. Não só ele disse isso, sua esposa disse isso. A primeira biografia dele que li foi Bruce Lee: The Man Only I Knew, de Linda Lee, e ela absolutamente disse isso.”
Em entrevista ao IndieWire, Julia Nottingham comentou sobre as críticas apontadas à interpretação de Lee em “Era uma vez em… Hollywood”, e se o filme oferece ou não um retrato fiel do ícone: “Na minha opinião, foi uma decisão infeliz que parece ser uma caricatura de alguém que tem muitos lados diferentes. Foi uma pena que essa foi a única visão de Bruce que tivemos, porque há muito mais.”
Polêmicas à parte, reveja aqui um trecho do inesquecível monólogo “Be Water”:
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Bruce foi e continua sendo um ícone,o ponto de partida,quando a questão é Artes Marciais.
Em sua época ele ja aplicava tecnicas de luta de Chão, enquanto muitos atletas acreditam ser uma nova modalidade ou uma modalidade mais recente
Bruce é um Sol, comparado aos melhores Praticantes,porque ele conhecia as artes marciais de dentro Para fora
Espírito,corpo e alma.
O que vejo muito de uns 35 anos para cá, é a força bruta querendo imitar a Arte
Bruce Lee! Nunca haverá outro igual. Ele chegou onde ninguém chegou,ele era praticamente uma máquina invencível. A 33 anos vivo o mestre Lee. Abraço e parabéns pela matéria.
Bruce sempre foi o ícone real das artes marciais. Jamais houve alguém como ele em artes marciais. Muitos o desafiam porque ele não está mais vivo, porque não conheceram a velocidade dos golpes desse artista marcial. Boa matéria e creio que Bruce derrotaria facilmente Muhammad ali.
Bruce Lee foi o mestres dos mestres..obrigado
“A prova que Bruce Lee era e sempre será o maior o rei da arte marciais é o MMA. o seu legado tá aí a toda prova, Um dos esportes mais assistindo do mundo.
Obrigado pela ótima notícia.