Ao contrário do que muitos veículos tem divulgado, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera continua aumentando a cada dia, mesmo com o tráfego de veículos e aviões reduzido devido a pandemia do novo coronavírus.
O nível de CO2 atingiu a maior alta no último dia 3 de maio, caracterizando níveis jamais vistos em 60 anos
De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido e Scripps Institution of Oceanography, a quantidade de CO2 na atmosfera está subindo de forma constante e as medidas drásticas de isolamento não demonstraram efeito imediato.
O registro realizado dia 3 de maio, mostra a maior concentração de gases do efeito estufa já registrado na história, sendo captadas no Observatório Mauna Loa, no Havaí, cerca de 418,12 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera, conforme dados do gráfico abaixo.
“O CO2 está se acumulando em resposta não apenas ao que estamos emitindo agora, mas ao que emitimos ao longo do século passado”, afirma o geoquímico da Scripps Oceanography, Ralph Keeling.
Uma coisa importante para ter em mente, é que o dióxido de carbono pode persistir na atmosfera por centenas a milhares de anos depois de sair de industrias ou de escapamentos de carros. “É como uma banheira e você tem a torneira toda aberta por um tempo, e você a diminui 10%, mas a banheira ainda está enchendo”, diz Sean Sublette, meteorologista da Climate Central. “Você realmente não parou de encher a banheira, apenas diminuiu um pouco a velocidade.”
O gráfico de medição é atualizado diariamente e destaca os pontos individuais medidos a cada dia e a média de CO2 nos últimos 31 dias. Assim, esses dados significam que as médias diárias mostradas no gráfico são provavelmente calculadas a partir de um subconjunto das médias horárias. Também é possível que nenhuma média diária possa ser calculada mesmo que existam médias horárias, porque todas as médias horárias de um dia não satisfazem as condições de segundo plano.