Será um ano de aniversário do meu primeiro post sobre a mudança radical do cenário de serviços de streaming global e, mesmo assim, um bocado além do previsto aconteceu. Neste momento, estamos no olho do furacão do conteúdo digital para o consumidor direto.
Outro eu comentava em meu perfil de facebook:
E é assim o cenário atual, mudanças rápidas, debates sobre contratos, distribuição e parcerias. Hoje no Brasil já temos diversos canais de streaming, listando de acordo com o acesso direto ao consumidor: Netflix, Prime Video da Amazon, HBO GO, Apple TV+, Crunchyroll e Globoplay. Seguindo com StarzPlay, TelecinePlay, Looke, MUBI e Smithsonian Channel Plus.
Além de serviços de ondemand como Microsoft – Filmes e TV (XBOX e PC), Google Play, Canais Apple TV, UOL Play e Oi Play, ou de pacotes de TV por assinatura que misturam ondemand e ao vivo como o NOW, Vivo Play e SKY Play.
E toda lista acima ainda não incluem diversas empresas, planos e projetos de streaming tv como o Prime Video Channels que deve permitir você assinar HBO GO e StarzPlay direto da plataforma, ou o Streaming Box TV da Claro, que promete ofertar planos diferenciados para acessar alguns conteúdos da lista citada acima, além de canais ao vivo, tudo pela internet e sem qualquer necessidade de antena ou cabos.
Ainda sim, acredite, não chega próximo do que é ofertado no US por esses dias que ainda conta com o streaming gratuito Peacock da NBCUniversal e a (em breve também no Brasil) HBO Max da WarnerMedia.
Logo o brasileiro terá ainda mais escolhas de pacotes especiais e novos serviços, além de ver quais serviços realmente vão sobreviver com o tempo. A Philos TV, canal online de espetáculos e documentários do grupo GLOBO, por exemplo, será fechado em breve.
O que vem por aí?
Para adicionar ainda mais escolha de conteúdo, e adicionar pressão nas empresas de internet nacionais e locais, até o final deste ano chegam no Brasil nada menos do que três gigantes e já comprovados canais de streaming direto para o consumidor.
Disney+, que já conta com mais de 60 milhões de assinantes ao redor do globo, chega ao Brasil no dia 17 de novembro com todo conteúdo do grupo. MARVEL, PIXAR, STAR WARS, National Geographic e conteúdos Disney estarão na plataforma, grande parte no modelo de exclusividade, além de conteúdos produzidos pela própria Disney+.
Os valores não foram confirmados no Brasil até o momento deste post, mas não deve ser nada longe dos planos aplicados em diversos países de acordo com sua moeda local. Os principais pontos da plataforma está na produção de The Mandalorian, indicado a 15 Emmys, incluindo de Melhor Série Dramática, toda série do The Simpsons, conteúdos raros e clássicos da Disney, Marvel e FOX.
Funimation, a global de animes da Sony, é o mais antigo da lista por existir como empresa desde 1994, e se transformou em uma empresa de streaming de conteúdos anime em meados de 2008. Comprado pela Sony em 2017, expandiu de modo rápido e hoje já se tornou sua própria produtora de animes para a plataforma.
A empresa, por contar com uma expansão para locais selecionados, conta com diversos concorrentes diretos como a Crunchyroll que desembarcou no Brasil antes, cresceu de modo mais tímido, e ganhou seu espaço graças a animações populares como Naruto, One Piece, entre diversos outros. Com destaques para as ofertas de mangás, até oferecer conteúdos uma hora após sua exibição no país de origem, já com legenda e em HD. O valor ainda é ‘salgado‘ no país, começando com 25 reais e ofertando desconto para o plano anual, mas a empresa já começa a produzir seus próprios originais e, entre o público nacional, é entendido que “o que não está no Crunchyroll, está na Funimation”, e essa guerra de streaming de animes (sem contar ainda com conteúdos da própria Netflix e Prime Video) promete ser um dos principais com a chegada da Funimation.
O sucesso da empresa no Brasil estará no catálogo e valores, mas ambos ainda precisam ser confirmados. Mas existe uma antecipação para assistir Assassination Classroom, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball Z, além da oferta de conteúdos dublados, que é a preferência do público brasileiro.
E ontem, foi anunciado que o Pluto TV, da ViacomCBS, chega ao Brasil em dezembro. O serviço, que será totalmente gratuito, funciona de um modo diferente, na plataforma teremos CANAIS temáticos que vão transmitir os conteúdos continuamente. 24 canais chegando e alguns deles são Pluto TV Cine Sucessos, Pluto TV Cine Comédia, Pluto TV Cine Drama, Pluto TV Cine Terror, Pluto TV Séries, Pluto TV Retrô, MTV Pluto TV, Pluto TV Anime, Pluto TV Investiga, Pluto TV Natureza, Pluto TV Junior, Nick Jr. Club, Pluto TV Kids, e Nick Clássico.
A empresa também terá conteúdo ondemand com filmes selecionados. Não espere lançamentos, mas podemos esperar ótimos conteúdos já que a ViacomCBS é dona de um portfólio gigante, com alguns destaques, como MTV (não considere programas da MTV Brasil quando gerenciada pela Abril Radiodifusão), Nickelodeon, Nick Jr., Comedy Central, Paramount Network, participação majoritária do coletivo Porta dos Fundos, além dos serviços de streaming Noggin e Paramount+ – já no Brasil. Quem sabe teremos South Park, Rugrats, Beavis and Butt-Head, entre outros?
“Após o lançamento do Pluto TV na América Latina, no início deste ano, o serviço atraiu milhões de telespectadores em um curto período de tempo. Estamos orgulhosos de seu desempenho“, afirma JC Acosta, presidente da ViacomCBS Networks Americas, em nota divulgada pela assessoria. “O Pluto TV contribui com o avanço global do streaming e permite que o público no Brasil desfrute de conteúdo premium, totalmente gratuito.”
A empresa já conta com 33 milhões de usuários ativos por mês em todo o mundo, e agora adiciona o Brasil na sua lista de países para buscar mais um sucesso. Para manter o serviço, a empresa conta com parcerias publicitárias e, na América Latina, já conta com acordos fechados com on Liverpool, Mercado Livre, DirecTV, Movistar, Telecom, Unilever, Mondelez e Rappi – Todos patrocinadores do serviço de streaming.
E ai, o que achou? Quais dessas novidades você vai curtir, assinar e indicar? Como falei cima, é só o começo de alguns anos de adaptação de novos meios de oferta e consumo de conteúdo.
Bom play!