Os veículos elétricos são o futuro – já no presente – e nunca antes o mercado de automóveis esteve tão aberto à concorrência. Por décadas, as mesmas empresas dominaram esse setor. Ainda assim, a mudança em sua tecnologia central criou oportunidades para o surgimento de vários desafios. Aproveitando o decreto do governador da Califórnia, Gavin Newsom, proibindo a venda de carros movidos a gasolina (e similares), que precisarão ser “zero-emission” até 2035, válido para todo estado, resolvi trazer para você uma lista do que tem acontecido no mercado para incentivar uma mudança drástica de quinze anos logo a frente.
Leve em consideração que os carros elétricos no Brasil ainda custam em centenas de milhares de reais, e boa parte dos produtos aqui citados podem nunca chegar no país – que depende ainda de aplicação de legislação até a tecnologia. Mas acredite, tem muita vida além do TESLA:
MARCAS TRADICIONAIS
A General Motors tem investido pesado no movimento de carros elétricos e tem planos de trazer de volta a marca Hummer para ajudá-la a entrar no mercado. Ela tem suas próprias baterias e trabalha com várias outras montadoras tradicionais e startups de EV (Electric Vehicle) usando essas parcerias para aumentar seu interesse na indústria de carros elétricos. Sua vantagem é o know-how de fabricação, a tecnologia forte e marcas reconhecíveis.
O Leaf da Nissan foi a primeira introdução mundial da empresa aos carros elétricos. Embora fosse cedo para lançar um carro elétrico, a Nissan ainda não abraçou a mudança ou desenvolveu qualquer vantagem competitiva. Aguardando ansiosamente a resposta do mercado com o Nissan Ariya.
A tecnologia de bateria da Volkswagen tem potencial para ser líder no setor. Com longo alcance e tempos de carga, a maior preocupação para muitos consumidores, a empresa pode ser um azarão na corrida pelo domínio elétrico, e não mais pelo produto completo. Tem uma marca forte conhecida pela alta qualidade e com uma tecnologia de bateria potencialmente revolucionária, pode chegar na frente de tradicionais e startups. – Isto também significa que, como tem acontecido com diversas empresas, a VW poderá expandir de atuações no futuro bem próximo.
A Ford tem planos de lançar versões elétricas do Mustang e F-150. O aumento no valor de marca deverá atrairá clientes, apesar da empresa licenciar a maior parte de sua tecnologia de veículos elétricos.
A Toyota, assim como a Nissan, estava no início do mercado, mas ainda precisa construir uma vantagem competitiva ou uma marca forte de carros elétricos. Enquanto isto, a empresa surpreende em expandir seus esforços para criar uma cidade modelo do futuro, no Japão – Projeto anunciado na CES deste ano.
O Polestar 2 da Volvo é indiscutivelmente o melhor veículo elétrico do mercado hoje. Embora sua popularidade ainda não tenha explodido, é o primeiro carro a usar a tecnologia de direção autônoma do Google e continua constante muito bem avaliado.
OS NOVATOS
Lordstown é uma empresa sediada em Ohio que afirma ser a primeira a lançar uma caminhonete elétrica. A empresa teve forte apoio da administração política do US. Funciona em uma fábrica abandonada da GM, proporcionando empregos para a comunidade local. Seu carro custa US$ 52.500 e deve estar disponível no início de 2021.
Lucid’s Air é comercializado como uma versão superior do Tesla’s Model S. Com um alcance maior, aceleração mais rápida e interior luxuoso. Peter Rawlinson, o ex-engenheiro-chefe do Model S, lidera a equipe de engenharia da Lucid. O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita apoia financeiramente a empresa.
Tesla é a atual líder de mercado com seu Modelo S, Modelo 3, Modelo X, Modelo Y e Roadster, liderando o caminho em suas respectivas categorias. A empresa tem o benefício de um líder com marca com o Elon Musk, que ajudou a pavimentar – com sucesso – a opinião pública e faz grande parte da revolução da indústria automotiva.
Nikola era visto como um concorrente próximo da Tesla em muitos novos mercados, incluindo semifinais e trunfos de pickup. No entanto, seus escândalos recentes azedaram a opinião pública e ainda não se sabe se a empresa será capaz de lançar algum produto.
Rivian está trabalhando com a Amazon, fornecendo à empresa vans elétricas. Ela espera lançar sua picape em 2021. A parceria com a Amazon torna a Rivian uma empresa interessante para acompanhar. A gigante da Bezos demonstrou interesse em dominar o maior número possível de mercados e, recentemente, adquiriu a empresa de direção autônoma Zoox.
Nio é uma fabricante de automóveis chinesa que segue uma estratégia semelhante à da Tesla. A empresa teve vários problemas financeiros em 2019, mas se recuperou em 2020 e apresentou números recorde. Ele planeja se expandir para a Europa e América do Norte. Seu maior obstáculo pode ser a continuação da guerra comercial entre a China e os EUA.
Canoo é uma startup de carros elétricos B2B que tem como objetivo licenciar sua tecnologia para fabricantes existentes. Este modelo de negócio único é usado por outras empresas, como Rivian e Nikola, juntamente com a construção de uma marca de consumo. Canoo atualmente tem negócios com Hyundai e Kia.
Esses são os maiores destaques do momento, e estão acelerando. Quando a matemática sobre a aplicação de carregadores, postos elétricos, ruas e estradas em perfeitas condições e o debate honesto sobre o impacto ambiental (acredite, mudar drasticamente para o carro elétrico ainda pode ser um problema se não entendermos o ciclo completo de todas as peças, incluindo as baterias), o mercado deve aos poucos se popularizar.
Querendo ou não, esse é o futuro da mobilidade, agora teremos o desafio de aprender a lidar, gerenciar e distribuir bem essas energias.
É isto, dirija com segurança!
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