Os passageiros do Metrô Rio deram de cara com uma novidade depois da virada do ano: a “Estação Botafogo” virou “Estação Botafogo-Coca-Cola”.
Isso mesmo, a estação foi “patrocinada”, ou se preferir a nomenclatura mais profissional, vendeu seu naming rights, prática recorrente no mega-patrocinável universo do entretenimento e do esporte onde casas de espetáculos e arenas desportivas são rebatizadas com o nome de alguma marca que passa a explorar comercialmente o local.
Mas em espaços do poder público a prática não é comum, pelo menos até agora. Mas como por onde passa um boi passa uma boiada, tudo indica que em breve embarcaremos na Estação McDonalds com destino a Estação Starbucks.
O impacto econômico da pandemia ajuda a justificar a manobra como uma alternativa de ampliação de receita da concessionária, que chegou a afirmar que os sistemas de barcas, trem e metrô poderiam ser suspensos caso não houvesse ajuda financeira do Governo Federal.
No fim, quem veio para o resgate foi mesmo a Coca-Cola, para dar aquela metafórica refrescada.
A escolha da estação Botafogo foi pela proximidade com a sede da empresa, que fica na região.
Buscar ajuda na iniciativa privada é sempre uma alternativa interessante, pelo menos conceitualmente. resta torcer para que o processo seja feito sempre com bom senso e planejamento para não virar uma camiseta de time de futebol, daquelas com tantos logos que vira quase que uma estampa de marcas.
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Uma das casas de shows e eventos mais conhecidas de BH começou como “Marista Hall”, depois mudou pra “Skol Hall”, depois pra “Chevrolet Hall”, depois pra “BH Hall” e atualmente é chamada pela ODIOSA alcunha de “Km de Vantagens Hall”!
ARGH!!!
É o fim!