Posso concordar com você que temos assuntos mais relevantes, mas isso é a fatia reservada para o entretenimento que sim ou sim precisamos ter, ainda mais em momentos caóticos como esse que estamos enfrentando de uma pandemia. Só para fechar esse capítulo, pode reparar: Os grandes veículos de comunicação sempre reservam sua “faixa nobre”, tanto em mídia OFF como ON, para programas e matérias jornalísticas que vão trazer um pouco de conhecimento de tudo que está acontecendo no Brasil e no mundo. É só não fechar os olhos que você vai ver.
Nessa segunda-feira, 04/05, tivemos a final do BBB21, o Big dos Bigs como a Globo se referia em suas chamadas desde antes do início do programa. E realmente essa edição foi BIG em dois pilares:
- Comunicação: A aposta da Globo para a edição 21 era alta, no entanto, eles se referiam sempre a essa edição como “big dos bigs”. Eles não iriam fazer isso à toa.
Ainda na frente de comunicação tivemos o BBB com maior investimento de mídia dos anunciantes, onde a Globo desenvolveu, além das cotas de patrocínio do programa, 196 ações de merchandising, considerando as exibições das marcas na TV aberta, no Multishow com 22 anunciantes diferentes e no digital foram 537 ações entre conteúdos patrocinados na página do BBB no Gshow e ativações nas redes sociais oficiais do programa. - Mídia espontânea: A repercussão que esse programa teve foi fora dos planos do little Boni e de qualquer outra pessoa dentro ou fora da Globo. É verdade que depois da edição 20, com Bianca Andrade, Rafa Kalimann, entre outros participantes do camarote e sucesso de audiência, todos ficaram com o pézinho atrás achando que o BBB21 seria um bom entretenimento, mas que não chegaria para bater a famosa edição marcada por “Who the f@#% is Manu Gavassi”. Só para lembrarmos, aquela edição teve mais dias que o programado, muitos falam que era por conta da pandemia, mas a Globo não iria extender nada que não estivesse dando audiência e trazendo bons frutos.
É verdade que a repercussão do programa foi por vários acontecimentos, teve saída do Lucas logo no início, Karol Conká saindo da caixinha, dentre outros, mas vamos falar a verdade, o que aconteceu com a Juliette nada se compara. A participante entrou no programa com pouco mais de 3 mil de seguidores no Instagram e sai depois de 100 dias com mais de 25 milhões, é isso mesmo. Uauuu!
Do ano passado para esse o programa se blindou muito na questão dos participantes não deixarem conteúdo gravado para aproveitar os momentos para terem uma repercussão ainda maior aqui fora. Mas a Juliette foi o contrário. Deixou algumas poucas fotos e foi isso. Do mais foi tudo resultado das estratégias da sua equipe de Social Media que fizeram esse cacto (forma carinhosa que os fãs chamam a participante) crescer e prosperar longos voos.
É verdade também que depois desse grande sucesso chamado Juliette a profissão “Social Media de BBB” ganhe cada vez mais força. E isso é muito bom, pois para os participantes que entram no anonimato a maioria possuem essa equipe feita de forma voluntária, ou seja, a equipe não ganha nada financeiramente com aquele job, mas ganha muito expertise, vivência, aprendizado e o mais importante, holofote para poder galgar um emprego ainda melhor. E isso é muito legal!
Mas o Super Bowl tupiniquim teve ainda mais repercussão na mídia. Na final do BBB21 o programa teve seis blocos de intervalos comerciais, com 63 filmes publicitários ao todo. Alguns se repetiram, como por exemplo o filme da AliExpress, mas tivemos marcas também lançando seu novo posicionamento/campanha como Tik Tok e Britânia. Sem contar a Globo aproveitando a audiência para vender ainda mais seu serviço de streaming, o Globo Play.
Sem dúvidas a Globo já mostrou e mostra que sabe fazer um bom entretenimento. Já vimos isso com as novelas da emissora e outros programas que foram e são sucessos da marca. O BBB tem essa abertura e vem mostrando que desde a edição 20 soube se reinventar e trazer o ápice para as casas dos brasileiros, tanto em diversão como também em mídia.
Fico aqui pensando: Futebol é a paixão nacional do povo brasileiro, acredito eu que ainda mais que realities, mas a organização nacional nunca conseguiu reproduzir algo com um cuidado estético e de mídia que valesse a pena comercializar esse espaço de grande repercussão. Imagina só a Globo organizando e produzindo uma final de Copa do Brasil, Supercopa do Brasil ou até mesmo Libertadores da América porque, ao meu ver, essas instituições não aproveitam e não constroem esse potencial que essas competições podem ter ainda mais, devido a paixão do público pelo esporte. E se a Globo tivesse a frente dessa organização? Olha… ia ser uma cachorrada.