Quando o quadrinho acerta a mão, ele ganha adaptação para formatos em filmes ou séries. É o caso de Lady Killer, HQ que ganhou muita repercussão por contar uma história que dá um banho de sangue – a la Tarantino – na imposição machista por mulheres perfeitinhas e donas de casa. A graphic novel foi indicada ao prêmio Eisner em 2016 e lançada no Brasil pela DarkSide Books.
O interesse na adaptação – que será produzida também por Blake Lively – vem por dois fatores: O primeiro é o sucesso de público e indicação à premiação, e o segundo é a temática que se ambienta na figura da mulher dos anos 60, mas quebra (com bastante violência) os tabus da “mulher frágil”, que “sabe cozinhar, já pode casar”, ou da “mulher e carro não combinam”, e muitas outras frases absurdas e machistas que a mulher tinha (e ainda tem) que ouvir.
Sinopse: Josie Schuller é uma esposa dedicada, uma mãe amorosa e… uma assassina de aluguel. Ela é capaz de equilibrar os deveres de uma típica dona de casa norte-americana dos anos 1960 com uma porção de assassinatos a sangue-frio, até que um pequeno deslize faz com que seu chefe ameace aposentá-la de vez. Com texto afiado de Joëlle Jones em parceria com Jamie Rich, e ilustrações matadoras da própria Jones.
Lady Killer começa com uma cena impactante: Josie, se apresentando como uma revendedora da Avon, entra disfarçada na casa de uma mulher ― sua mais nova vítima ― apenas para deixá-la sangrando no chão da cozinha algum tempo depois e… droga, a meia-calça dela acabou de rasgar. O quadrinho nos apresenta a uma heroína independente e corajosa que vive em um dos momentos mais transformadores da história norte-americana: a segunda onda do feminismo, um período de atividade em prol dos direitos das mulheres que começou nos Estados Unidos e se espalhou por diversos outros países.
O roteiro será escrito por Diablo Cody, que ganhou o Oscar de melhor roteirista pelo excelente Juno – que também trata de questões relacionadas à independência da mulher e quebra muitos paradigmas.
Se quiser ver algumas sinopses do quadrinho, antes de comprar na Amazon, eu indico duas fontes:
Blog do Pedro Gabriel e Resenhando por Marina Mafra.
A produção ainda não tem data de estreia. Ficarei aqui na expectativa!
Crédito imagem de capa: Site Resenhando por Marina Mafra, postagem de Renata Borges.