São 120 peças que foram desenvolvidos pela equipe de design do CPB com a acessibilidade como principal objetivo. Voltado para atender diretamente às necessidades e particularidades das deficiências dos atletas paralímpicos que buscam representar da melhor forma o país no Japão.
Os uniformes foram divulgados por um ensaio fotográfico protagonizado pelos velocistas Gabriela Mendonça (classe T12 para atletas com baixa visão), Lorena Spoladore (T11 para cegos), Vinícius Rodrigues (T63 para amputados de perna), Washington Júnior (T47 para amputados de braço) e os lançadores João Victor Teixeira (F37 para paralisia cerebral) e Raissa Rocha (F56 para cadeirantes); além do atleta-guia Renato Benhur, todos do atletismo. O espaço da Japan House São Paulo – iniciativa do governo japonês para apresentar a cultura do Japão – serviu de cenário para a realização do ensaio.
Entre os recursos de acessibilidade incorporados como acessórios, as novas peças de roupas contarão com um zíper como “puxador ergonômico”, que possibilitará o manuseio confortável e autonomia aos atletas que possuem limitação motora ou articular nas mãos. Já as calças possuem uma abertura lateral na barra para facilitar a passagem da prótese para os atletas amputados de membros inferiores.
Os produtos da linha passeio possuem uma etiqueta interna em braile (sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão) para que deficientes visuais identifiquem as cores. Já as leggings, em algumas modalidades: como atletismo, canoagem e remo, terão a barra diferenciada para assegurar maior segurança de movimentos. Todos os tops contarão com as alças retas, sem “cruzamento” nas costas, o que facilita a vestimenta para os atletas com deficiência visual.
O Brasil já tem 178 vagas em 14 modalidades garantidas nos Jogos de Tóquio. A expectativa é que o país seja representado por 230 competidores (150 homens e 80 mulheres).
Em Londres 2012 e Rio 2016, os uniformes do CPB eram da Nike. O contrato acabou em 2017, e desde então o CPB se encarregou de produzir as próprias peças, começando em 2019 na missão para os Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 em que as primeiras adaptações foram implementadas.
Os uniformes da delegação brasileira em Tóquio não serão comercializados.