Uma vez a cada década surje um livro capaz de mudar. de verdade e literalmente, o rumo das nossas vidas. Este é o caso de “What’s Our Problem? A Self-Help Book for Societies”, de um dos meus escritores (se não for O) favoritos.
O Tim Urban ficou conhecido por causa de seu blog, o Wait But Why, que explorava temas sempre interessantes, escritos de um forma absolutamnte SIMPLES, METAFÓRICA E DIDÁTICA, sempre acompanhados de suas ilustrações feita com homem-palito, para deixar tudo mais claro ainda, como se fosse escrito para uma criança de 8 anos de idade, mas sempre simples e nunca simplório. Um estilo que eu adoro e que é capaz de imprimir conhecimento no seu cérebro de forma permanente.
Se você nunca ouviu falar dele, recomendo que comece lendo este post curto, para ter uma ideia do quanto ele pode mudar sua perspectiva das coisas.
O Tim andou sumido, mas agora voltou com a explicação: estava escrevendo um livro.
Seis anos para escrever.
“What’s Our Problem?”
Um livro “de auto-ajuda para sociedades”. Não é um livro político (quem aguenta ainda?), mas sim um livro sobre como a humanidade tem funcionado e o que estamos desenhando para as futuras gerações.
O momento não poderia ser mais adequado, é uma questão que aflige o planeta inteiro. E um assunto que muitos se aventuram, mas que 99,99999999% se perdem pelo caminho, seja por algum viés, seja por medo de cancelamentos, seja por pura falta de competência.
Separei a introdução (traduzida por AI para o português para ficar confortável, mas o livro só tem em inglês por enquanto. Mas é um vocabulário fácil, mesmo para quem não domina muito).
Estou no último capítulo e fico assombrado como parece que ele entrou na minha cabeça e falou EXATAMENTE de tudo o que tem mais me angustiado em termos de sociedade nos últimos anos – e como estamos lidando com isso.
Copiei um trechinho da introdução, que fala de como coletamos informações e, eventualmente, conhecimento de verdade.
Sobre coletar informações
“Há casos em que um pensador tem o tempo e os meios para coletar informações e evidências diretamente—com suas próprias observações primárias, ou conduzindo seus próprios estudos. Mas a maioria das informações que usamos para nos informar é conhecimento indireto: conhecimento acumulado por outros que importamos em nossas mentes e adotamos como nossos. Todas as estatísticas que você encontra, tudo o que você lê em um livro didático, tudo o que você aprende com pais ou professores, tudo o que você vê ou lê nas notícias ou nas mídias sociais, cada princípio da sabedoria convencional – é tudo conhecimento indireto.
É por isso que talvez a habilidade mais importante de um pensador habilidoso seja saber quando confiar.
A confiança, quando atribuída com sabedoria, é um truque eficiente de aquisição de conhecimento. Se você pode confiar em uma pessoa que realmente fala a verdade, você pode pegar o conhecimento pelo qual a pessoa trabalhou duro – seja através de pesquisa primária ou indiretamente, usando seus próprios critérios de confiança diligentes – e “fotocopiar” para o seu próprio cérebro. Esta ferramenta mágica de eliminação de aparas intelectuais permitiu que a humanidade acumulasse tanto conhecimento coletivo nos últimos 10.000 anos.
Mas a confiança atribuída erroneamente tem o efeito oposto. Quando as pessoas confiam que as informações são verdadeiras – e não são – elas acabam com a “ilusão de conhecimento”, o que é pior do que não ter conhecimento nenhum.
Pensadores habilidosos trabalham duro para dominar a arte do ceticismo. Um pensador que acredita em tudo o que ouve é muito ingênuo, e suas crenças ficam cheias de uma confusão de falsidades, equívocos e contradições. Alguém que não confia em ninguém é excessivamente cínico, até mesmo paranóico e limitado a obter novas informações apenas por experiência direta. Nenhum desses promove muito aprendizado.”
E por aí vai. Conduzindo o leitor e convidando-o a refletir no complicado mundo em que estamos inseridos hoje em dia.
Vai por mim. Compre JÁ e leia. Vai ser um livro histórico.
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