Desde que os astrofísicos, destaque para a pioneira Eleanor Burbidge, descobriram que a
totalidade do que compõe os nossos corpos são elementos criados nas inúmeras reações que
ocorreram no Universo, nos primórdios do Big Bang, eu não paro de pensar nisso.
Somos literalmente filhos e produtos natos do Cosmos. Ele é o grande pai e mãe de todos e de
absolutamente tudo. O Universo é a única coisa sabidamente onipresente, onipotente e que
criou a completude a partir do nada.
Aqui vale uma pausa para dizer que o “nada”, na verdade, não existe. O que havia antes da
criação era uma pura e intensa energia. A Física e os nossos cálculos matemáticos atuais não
conseguem explicar exatamente como, através de que leis, mas essa energia explodiu, gerando
toda a existência. E a parte dessa infinitude que conseguimos ver ou detectar, hoje, é chamada
carinhosamente pelos entendidos da matéria de Universo observável.
Segundo o livro mais vendido da humanidade, “Deus” fez todas as coisas pela força de sua
palavra. Imaginando o tamanho do barulho dessa explosão-parto, poderíamos supor que deve
ter sido um belo de um palavrão: – Faça-se esta merda toda, porra!
Resumindo: você é feito da mesma matéria que integram as estrelas, os planetas, as galáxias e
os cometas. É neste ponto, claro, aonde eu queria chegar, como sugere o spoiler no título.
Os cometas, também já está provado, são capazes de, no seu interior, carregar, livres dos
efeitos das drásticas variações de temperatura e radiações do espaço sideral, os elementos
básicos para fecundar a vida nos planetas.
A velha teoria da panspermia, imaginada pela primeira vez em 1903, pela mente do químico
sueco Svante August Arrhenius (1859-1927), afirmando que a vida celular simples poderia viajar
pelo espaço impulsionada somente pela luz emanada dos astros brilhantes. Um tal de Carl
Seagan e Iosif Shklovskill logo refutaram a ideia, porque a radiação universal destruiria as
diminutas partículas.
Voltamos para os gametas, aliás a raiz da palavra grega gamétes é a mesma de cometa, e
batemos de novo com a bela parábola bíblica do Genesis “Deus fez o homem sua face e
semelhança”.
Pense num espermatozoide nadando em alta velocidade até atingir o enorme óvulo receptor.
A micro é a semelhança perfeita da macro; um enorme cometa invadindo a atmosfera de um
gigantesco planeta para, talvez extinguir a vida ali existente, mas certamente com o destino
errante de depositar em profundidade elementos como carbono, hidrogênio, nitrogênio,
oxigênio, enxofre e fósforo (reconhecidos pela sigla CHNOPS) necessários para um novo
recomeço vital. Ponto pro time de Moisés e seus “anjos” inspiradores.
Cada um de nós é um cometa, dono de sua rota, voando guiado pela cauda do livre-arbítrio,
pronto para orbitar e iluminar qualquer mundo que escolha pra si.
Por isso, acredito que não devemos tentar influenciar ninguém a desviar de sua trajetória
natural, apenas expor as nossas próprias ideias e energias, sejam físicas, mentais ou
emocionais. Quem estiver na mesma vibração e carregado dos mesmos valores fundamentais
vai se alinhar à sua órbita, sem muito esforço.
Seja cometa. Brilhe, siga seu caminho e faça nascer os frutos da sua luz onde quer que você
pouse.
(Ficou esperando algo sobre Ufologia? Beleza. Pesquise por David Grusch, o ex-oficial de
inteligência da Força Aérea dos EUA, que afirmou, dia 26 de julho no Congresso, que o governo
americano está em posse de naves alienígenas e material “não humano” em suas bases
secretas. Uma verdadeira bomba na guerra da desinformação militar.)
Sensacional, somos parte desse Universo!