A casa lobo: uma animação sombria, soturna e surreal

A casa lobo: uma animação sombria, soturna e surreal A casa lobo: uma animação sombria, soturna e surreal

“A casa lobo” é daqueles produtos audiovisuais que você demora um tempo para se acostumar com o que está acontecendo na tela. A animação, em sua maior parte, é feita com stop motion. No entanto, os diretores chilenos Joaquín Cociña e Cristóbal León mesclaram mais algumas técnicas para criar a atmosfera surreal que permeia os quase 80 minutos da película.

A casa lobo: uma animação sombria, soturna e surreal

A princípio temos um conto de fadas distorcido. Uma garota deixa alguns porcos escaparem de uma propriedade rural de produção de mel e foge atrás deles para evitar uma punição. A partir daí, a menina entra em uma espiral de loucura dentro de uma casa, na qual vemos os porcos tomarem formas humanas e todos ali dentro ficarem assombrados com o espectro de um lobo que parece vagar pelos arredores.

A casa lobo: uma animação sombria, soturna e surreal

O clima de conto de fadas macabro nos convida a pesquisar sobre o que se passa nas entrelinhas do filme e é aqui que encontramos uma metáfora para os anos de ditadura de Augusto Pinochet no Chile. Sobre pessoas que desaparecem e sofrem castigos. Que precisam fugir para não encontrarem um destino terrível. No caso de “A casa lobo” este é um subtexto que passa – muitas vezes – sutilmente pelos detalhes do cenário. Como dito na resenha do filme na plataforma MUBI (onde ele se encontra disponível) “Ligando o nazismo e Pinochet, La Casa Lobo subverte a lógica dos contos de fada e a ideia de lar, para apresentar uma alegoria fantasmagórica da beleza aterrorizante”.

Confira o trailer:

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