Filósofo revisita mitos e símbolos que traduzem a experiência humana

João Paulo Martins interpreta e detalha mandalas, yantras e o simbolismo dos animais em civilizações diversas a partir do Oriente
Grandes Símbolos das Civilizações Grandes Símbolos das Civilizações
Grandes Símbolos das Civilizações

Muitas das lendas criadas para explicar fenômenos naturais e sociais vividos pela humanidade no decorrer da História seguem provando sua influência na sociedade moderna. Mitos clássicos volta e meia ressurgem na cultura pop, e símbolos antigos, como a mandala, continuam ligados ao cotidiano. O filósofo João Paulo Martins explora estas manifestações no livro Grandes Símbolos das Civilizações, publicação da Hanoi Editora.

A obra faz parte da coleção Comentários sobre o Simbolismo em Grandes Obras e, além de apresentar ao leitor um repertório histórico, propõe reflexões sobre a importância de preservá-lo e revisitá-lo para formar e renovar aprendizados. Por mais antigos que sejam, interpretar mitos e os símbolos que os constituem, adaptando-os para a realidade moderna, ainda se prova uma fonte valiosa de conhecimento.

Mas se, atualmente, temos uma ciência avançada para explicar o mundo, por que os mitos são importantes e despertam tanto interesse ainda hoje? (…) Há a transmissão de uma mensagem, mas não é uma mensagem totalmente explícita. Essas características dos símbolos parecem falar para o nosso aspecto intuitivo e possibilitam compreensões que levariam muito tempo para obtermos por meio do raciocínio.

(Grandes Símbolos das Civilizações, p. 12-13)

Muitos dos conceitos e palavras trabalhadas no livro já sofreram ressignificações ao longo do tempo – a própria palavra “mito”, por exemplo, que hoje pode representar uma mentira. É também o caso de “avatar”, termo usado atualmente como sinônimo de ‘usuário’, mas que deriva da filosofia indiana e representa uma entidade superior. A Roda da Vida budista, as mandalas e os yantras, e o simbolismo dos animais em tradições diversas, sobretudo no Egito, também são abordados.

Segundo a filósofa Lúcia Helena Galvão, que prefacia a obra, a forma meticulosa e didática do autor para descrever as várias histórias as torna fluidas e cativantes, não só de fácil compreensão como também agradáveis de acompanhar. Grandes Símbolos das Civilizações reúne explicações simples de momentos, conceitos e culturas complexos, que resumem experiências universais mesmo estando distantes tanto no espaço como no tempo. Uma leitura para refletir sobre a natureza humana e aprender com as marcas que ela deixa na Terra.

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