Anos atrás Washington Olivetto participou de um evento (o V3A Talks) e definiu assim o papel do profissional de comunicação contemporâneo:
“Não existem mais as palavras publicidade e publicitário. Hoje temos profissionais de comunicação, que atuam de maneira muito mais ampla. E eles podem fazer, inclusive, quando necessário, o que chamamos de publicidade. Mas há tempos, este profissional é um criador de soluções para cada problema. E essa potência criativa é ainda mais forte e necessária do que nunca“
“Vivemos uma crise de criatividade constrangedora para o Brasil. Nesta época data driven que vivemos é evidente que precisamos olhar, quantificar e metrificar dados. Mas quanto mais tecnológicos estivermos, mais amadores das grandes ideias devemos ser. Sem a emoção que só as grandes ideias podem provocar, não sairemos do lugar”.
Em uma era na qual o surgimento de novas mídias e ferramentas tecnológicas é exponencial, Washington defendeu que a tecnologia deve estar a serviço da criatividade, e não ao contrário.
“É fundamental pensarmos que os veículos da comunicação atrelados à emoção, como a TV e o cinema, são sagrados. Continuarão sendo, independente das mídias que surgirem. O surgimento de algo novo não invalida a existência de algo bom que já existia. Ao contrário, se complementam”, afirmou Washington.
Que prosseguiu dizendo que “com a tecnologia, podemos realizar qualquer coisa que a gente pense, tudo é materializável. É lindo termos a possibilidade da forma para expressar qualquer conteúdo, mas é péssimo usarmos a forma para expressa a falta de conteúdo”.
A melhor maneira de celebrar o legado deixado por WO é perpetuando o que ele fez com tanta competência.