Com a avalanche de conteúdos online, ir a eventos já não é mais sobre acessar conhecimento. Claro, ver Amy Webb ao vivo pode ser incrível. Mas, em poucas horas, suas previsões já estarão multiplicadas, debatidas e replicadas por toda parte. Então, por que viajar milhares de quilômetros para estar lá?
Para mim, a resposta é simples: conexões e o inesperado.
O excesso de agenda pode ser um veneno. Entre filas intermináveis, deslocamentos caóticos e a busca pela “programação perfeita”, a experiência pode virar um jogo de frustrações. O FOMO toma conta, e o aprendizado que deveria ser expansivo se transforma em uma maratona exaustiva.
Mas e se mudássemos o foco?
E se, em vez de correr atrás da palestra mais disputada, tomássemos um café com alguém interessante que conhecemos na fila?
E se reservássemos algumas horas para explorar a cultura e a culinária local, deixando o evento para viver a cidade?
E se nos permitíssemos assistir a um conteúdo que não tem nada a ver conosco, como um exercício para expandir nossa percepção?
E se entendêssemos que, apesar de a viagem ser corporativa, as conexões são sempre de pessoa para pessoa, não de crachá para crachá?
E se, no lugar de um roteiro cronometrado, deixássemos espaço para conversas inesperadas – aquelas que realmente transformam perspectivas e criam novas oportunidades?
Os melhores eventos não são sobre quantidade e nem são marcados pelas palestras que assistimos, mas pelas interações que nos desafiam, inspiram e levam a novos caminhos.
Então, na sua próxima viagem, você vai seguir o cronograma ou deixar que o evento te surpreenda?
Nos próximos dias espero deixar o evento me surpreender… se o FOMO não me pegar primeiro, rs.
Sobre o Autor

Herick Ferreira, Head of Growth da CBA B+G
Sócio e Head de Growth na CBA B+G, empresa internacional de design que atua com marcas como Nestlé, KitKat, Heineken, Braskem, Colgate, Quinto Andar e outras que fazem parte do dia a dia de milhões de brasileiros e latinos. Palestrante, conselheiro e mentor de iniciativas de inovação e startups.
Acredita que o design pode ser usado como alavanca nas mais variadas áreas das empresas, por isso, atua diariamente despertando em lideranças o interesse pelo uso do design como catalisador de transformações.