

A Mattel acaba de firmar uma parceria estratégica com a OpenAI para incorporar inteligência artificial em seus processos e produtos, elevando o conceito de brinquedo interativo a um novo patamar.
A iniciativa contempla a integração do ChatGPT Enterprise em diversas áreas da empresa — desde a ideação de novos produtos até o desenvolvimento de brinquedos capazes de dialogar com as crianças de forma contextual e personalizada. Segundo Josh Silverman, Chief Franchise Officer da Mattel, a IA permitirá “expandir nossa missão e ampliar o alcance das marcas de maneiras empolgantes”. Em outras palavras: uma futura versão da Barbie poderá lembrar o nome da criança e até ajudar a planejar sua próxima profissão.
Entre os possíveis produtos com IA estão:
Barbie DreamChat Companion – Uma Barbie multilíngue que memoriza preferências de moda e colabora na criação de roteiros para vídeos caseiros.
Hot Wheels AI Stunt Lab – Pistas em realidade aumentada com análises em tempo real e comentários automatizados baseados em IA.
Fisher-Price StoryForge Soother – Um brinquedo de pelúcia que cria histórias personalizadas de acordo com o nome da criança, o clima do dia e canções de ninar exclusivas.
UNO ∞ Deck – Versão dinâmica do clássico jogo, com cartas inteligentes que geram regras e desafios novos a cada rodada.
Masters of the Universe Quest Creator – Aventuras de RPG ativadas por voz, com histórias e mapas personalizados, além de acessórios imprimíveis.
Por que isso importa
A IA está ultrapassando os limites dos chatbots e ferramentas de produtividade para entrar no universo do entretenimento infantil. A Mattel pretende lançar seu primeiro brinquedo com IA ainda este ano, marcando uma possível virada histórica na indústria de brinquedos — comparável à transição dos blocos de madeira da LEGO para o plástico.
O ponto de atenção
Como todo produto conectado, questões de privacidade e segurança ganham relevância. Esses brinquedos poderão armazenar dados de voz, lembrar conversas e aprender preferências. Caberá aos pais avaliar se o benefício da personalização justifica a coleta de dados.
Se bem executado, esse movimento pode representar a maior transformação no setor desde a digitalização dos brinquedos. E sim, é possível que, em breve, as escolas precisem proibir não apenas celulares — mas também brinquedos como a Barbie com IA.