Esta imagem notável, capturada por Karine Aigner, é a grande vencedora do concurso “Wildlife Photographer of the Year” (Fotógrafo de Natureza do Ano, em tradução livre) de 2022. Trata-se de uma imagem bastante técnica. Captá-la exigiu o uso de uma lente específica, capaz de chegar bem perto do centro da ação.
“Eu tive que passar um bom tempo de barriga para baixo na terra”, relatou Aigner.
Confira abaixo as outras fotos premiadas.
‘A Morte de Ndakasi’, por Brent Stirton (África do Sul)
Brent Stirton é conhecido por fazer fotojornalismo, pelo qual ele é o vencedor da categoria no WPY neste ano. Sua foto mostra o fim da vida de Ndakasi, uma gorila-das-montanhas que foi resgatada aos dois meses de idade depois de sua família ser brutalmente assassinada por uma poderosa máfia do carvão no Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo. Ndakasi está nos braços de seu socorrista e cuidador, Andre Bauma.
‘Flamingos Celestes’, por Junji Takasago (Japão)
Esses flamingos foram retratados no Salar de Uyuni, a maior salina do mundo. Trata-se também de uma das maiores minas de lítio da Bolívia — o que inclusive ameaça o futuro dos flamingos na região. O fotógrafo japonês Junji Takasago passou mal na viagem para capturar esta imagem, mas seu desconforto rendeu o prêmio na categoria “Arte Natural”.
‘A Morte do Lago’, por Daniel Núñez (Guatemala)
O cenário pode até parecer colorido, mas esta não é uma cena saudável. Daniel Núñez usou um drone para capturar o contraste entre a floresta e o crescimento de algas na beira do Lago Amatitlán, na Guatemala. As cianobactérias que vivem ali cresceram por causa da presença de poluentes, como o esgoto que vem da Cidade da Guatemala. A imagem ganhou a categoria “Quadro Geral”.
‘Estrela Cadente’, por Tony Wu (EUA/Japão)
Tony Wu captou essa cena na costa do Japão. Ela mostra uma estrela-do-mar gigante no momento em que o animal faz a desova. O equinodermo está movendo os braços e balançando seu corpo, talvez para arrastar óvulos e espermatozoides para as correntes, onde a fecundação vai acontecer. A imagem ganhou a categoria “Debaixo d´Água” do WPY.
‘A Arrebatadora de Morcegos’, por Fernando Constantino Martínez Belmar (México)
Fernando Constantino Martínez Belmar tirou esta foto em um local conhecido como Caverna das Cobras Penduradas, no México. Ao anoitecer, milhares de morcegos saem da caverna para procurar insetos. Enquanto eles partem, as cobras-rato ficam penduradas nas paredes da caverna, com o objetivo de garantir a refeição do dia. A imagem foi a campeã na categoria “Comportamento: Anfíbios e Répteis”.
‘A Casa dos Ursos’, por Dmitry Kokh (Rússia)
Dimitry Kokh tirou esta foto na Ilha Kolyuchin, que fica no Mar de Chukchi, próximo ao Ártico. Os ursos polares compõem uma cena assustadora na neblina que paira sobre os prédios abandonados. O iate de Kokh estava na ilha para se abrigar de uma tempestade. Ele usou um pequeno drone para se aproximar dos predadores. A imagem ganhou a categoria “Vida Selvagem Urbana”.
A exposição anual dedicada à competição WPY será inaugurada no Museu de História Natural de Londres na sexta-feira (14/10).
Como nos anos anteriores, as fotografias também farão uma turnê pelo Reino Unido e por 10 países em todo o mundo.
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Sei lá.. mas a foto do ano ser um monte “macho” atacando uma fêmea para estuprar ela.. bom.. diz muita coisa do mundo. Não sou cancelador nem fiscal do mundo, mas não parece fazer muito sentido celebrar um momento desses, no mundo atual.
Filho… vai se tratar… URGENTE!
Mais um floquinho de neve… Só me falta agora vocês quererem censurar a vida selvagem!!! KKKKKKKKKKKK
Seria cômico, não fosse trágico o grau de distanciamento da vida real a que essas pessoas se sujeitam…
A foto é só uma comprovação de que a disputa, a violência e o instinto fazem parte do mundo, principalmente onde impera a Natureza bruta, não apenas essa coisa domesticada e simétrica para vender camisetas e bonés pró vida selvagem, para gente que na verdade, tem nojinho do mundo fora da sua bolha segura e confortável.