O documentário “Eu Não Sou Seu Negro”, do diretor haitiano Raoul Peck, está concorrendo ao Oscar de melhor documentário mostrando uma realidade que, infelizmente, persiste até hoje: as relações raciais nos Estados Unidos.
O roteiro, inspirado em “Remember this house” – um manuscrito não concluído do escritor norte-americano James Baldwin (1924-1987) , ganhou uma narração com a poderosa voz do ator Samuel L. Jackson (o que dá um baita impacto a frases como a destaca logo abaixo), e tem como ponto de partida memórias sobre os três líderes negros assassinados entre 1963 e 1968: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.
“A história dos negros dos Estados Unidos é a história dos Estados Unidos. Não é uma história bonita.”
A música de fundo não pode passar desapercebida. Ela casa perfeitamente com as histórias retratadas. Intitulada “Black Man In A White World”, de Michael Kiwanuka, ela integra “Love & Hate”, segundo disco do britânico, lançado em 2016. O clipe você confere logo abaixo do trailer.
Aproveitando, o Oscar 2017 bateu o recorde de indicações a negros; veja a lista:
Melhor filme
“Estrelas além do tempo” (produtor Pharrell Williams)
“Cercas” (produtor Denzel Washington)
Melhor diretor
Barry Jenkins (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
Melhor ator
Denzel Washington (“Cercas”)
Melhor atriz
Ruth Negga (“Loving“)
Melhor ator coadjuvante
Mahershala Ali (“Moonlight: Sob a luz do luar“)
Melhor atriz coadjuvante
Viola Davis (“Cercas”),
Naomi Harris (“Moonlight: Sob a luz do luar”),
Octavia Spencer (“Estrelas além do tempo”)
Melhor fotografia
Bradford Young (“A chegada”)
Melhor roteiro adaptado
“Moonlight” (Barry Jenkins)
“Cercas” (August Wilson – pseudônimo de Frederick August Kittel)
Melhor documentário
“I am no your negro” (Raoul Peck, produtor)
“13th” (Ava DuVernay, produtora)
Melhor edição
Joi McMillan (“Moonlight: Sob a luz do luar”)