É tudo uma questão de ângulo. No painel “Connected Cities, Hackable Streets”, esperava ver muito sobre como tecnologia e a IoT irão revolucionar a forma como as cidades se conectam com os moradores e como isso pode trazer benefícios para o nosso dia a dia, principalmente nas caóticas metrópoles do mundo.
Bem, teve um pouco disso, é verdade. Mas o foco do painel foi em como cidades conectadas trazem riscos quando vistas com os olhos dos hackers. E foi aí que o tema ficou ainda mais interessante. =)
Sair do que eles chamaram de “dumb city” para falar de “smart cities” e “smart cars” rodando por elas é relativamente tranquilo. Uma boa rede wi-fi, alguns ajustes em semáforos, adaptações em carros importantes, como polícia, bombeiro e ambulâncias, por exemplo, e acompanhamento em tempo real. Pronto, você tem um projeto de cidade conectada implantado. Massss… Hackers conseguem invadir o site da NASA, burlar um sistema de semáforo via wireless em New York é baba!
E é por isso que a discussão acontece. Ao mesmo tempo em que as cidades conectadas são um ótimo avanço nos quesitos mobilidade e experiência urbana, ainda é muito perigoso deixar esta autonomia tão “aberta” a possíveis ataques hackers ou até mesmo de adolescentes nerds. Imagina só o cruzamento da Times Square na mão de um grupo de adolescentes de 16 anos comandando os semáforos de seu smartphone? Ou uma rota de fuga arquitetada por criminosos dificultando a movimentação da polícia?
Em 2016, eram estimados 6.4 bilhões de aparelhos conectados à internet. A estimativa em 2020 é de que esse número seja de 21 bilhões de devices. E exatamente por esse avanço rápido da tecnologia é que aparecem problemas estruturais, como por exemplo, muitos dos sensores do circuito estão em baixo do asfalto e isto dificulta a atualização de firmware constantemente, por exemplo. O que é um prato cheio para os hackers.
Neste vídeo, você pode ver um pouco do que dá para fazer:
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