O nome, atualizado na última década, já dava a pista de sua limitação: telefone… fixo. Justamente a causa mortis, bem alí, no nome.
Lembro até hoje do dia em que chegou um telefone com um fio enoooorme em casa. Era o máximo, dava para andar pela cozinha inteira enquanto falava. Depois veio o sem fio, aí nem se fala, era coisa de Star Trek. Mas aí vieram os celulares e todo mundo sabia o que ia acontecer.
Hoje, pela primeira vez na história, os telefones fixos são minoria nas residências americanas. O famoso aparelho ligado às paredes só pode ser encontrado em 45,9% delas. E em 50,9%, o pessoal só tem o celular mesmo (a pesquisa também contabiliza casas com ambos ou sem nenhum deles). Há apenas 10 anos, só 15% das casas usavam só com celulares.
Mais triste ainda foram algumas justificativas dos que ainda têm o fixo em casa.
Um declarou que era muito útil quando ele precisa localizar seu celular.
Outro contou que o fixo era uma segurança a mais, caso acabasse a bateria do celular sem ele perceber. Ou seja, entre os que ainda têm um fixo em casa, muitos acham que é para usar somente no caso do celular não estar disponível por algum motivo.
A pesquisa não menciona, mas acho que nossa própria noção sobre um “telefone” já mudou drasticamente.
Ainda chamamos nossos computadores de bolso de “telefone”, mas a telefonia é apenas um dos recursos e, muitas vezes (como no meu caso), quase que esquecida. As pessoas conversam de outras formas e ninguém mais entende aquele triiiiimmm abusado e invasivo de outrora.
Mas vai deixar saudade.
Como diria o Seinfeld, quem já bateu com o telefone na cara de alguém sabe que só fixo oferece a experiência completa.
https://www.youtube.com/watch?v=PYDA7__znfY
Imagem: Shutterstock