Como prometido, o futuro gamer é na nuvem, ou seja, via stream direto dos servidores da empresa, e o Google foi a primeira empresa a mostrar oficialmente o produto direto para o consumidor que elimina consoles, o debate de placas gráficas e de necessidade de PCs poderosos. A regra agora é, qual sua conexão de internet? Boa? Então compra esse jogo aqui no Chrome e só dar o play. Conheça o Stadia.
Para não ficarmos no high-end-tech-talk por aqui, no vídeo da Tech Insider você encontra os pontos principais, além do controller que vai facilitar a vida, você poderá jogar de qualquer lugar, e poderá dar o play no seu jogo, à partir de qualquer lugar já existente da internet.
Nós não vamos comprar um console com um serviço, a indústria descobriu que o que vende mais é o conteúdo, e não necessariamente a caixa de videogame que você tem.
E acredite, não é apenas isto…
O projeto muda o cenário para criadores de games, de conteúdo para internet e aplica funcionalidades que até antes não existiam para jogadores.
Para devs, é o fim do cheat game, afinal, o jogador nunca terá acesso ao código do jogo que vai viver dentro do servidor Google Stadia, esse que também já vem pronto com tech de Inteligência Artificial como uma das várias ferramentas para te ajudar a fazer seu jogo direto com o Google e fazer o deployment dali para o mundo. – No vídeo abaixo você vê um multiplayer rodando em 1:1 em tempo real, algo que, sequer os PCs gamers mais caros do mundo conseguem fazer hoje.
Para criadores de conteúdo, não existe mais o upload de conteúdo, existe o pressionar um botão e pronto, seu conteúdo de jogo estará disponível direto no YouTube – quase em tempo real -, em 4k. Não somente, prepare-se para contar com multiplayer direto com sua audiência, também direto do YouTube em uma LIVE.
Para o mercado, “tudo” mudou. O modelo de anunciar um jogo por exemplo, agora o trailer poderá vir direto com o botão de “jogue agora”. A oferta da experiência diminui o espaço do hype para o consumo. Em um mercado de mais de 100bi de dólares, Google mostra como a nuvem vai dobrar essa receita.
A empresa anunciou que o projeto estará disponível já em 2019, no US, Reino Unido, Canadá e partes da Europa. Vale o play no vídeo completo para entender melhor do projeto, especialmente em questões técnicas. – Dev, divirta-se aqui: https://stadia.dev/
Google inovou, mas outros vem logo atrás
A Microsoft já anunciou oficialmente, na semana passada, seu projeto xCloud que será mostrado na E3 e tem a mesma proposta, com servidores MS e tecnologia com softwares já conhecido da gigante de Bill Gates.
Assim como a Nintendo tem trabalhado em silêncio em testes beta de streaming direto no console, também com a Ubisoft, para liberar acesso a conteúdo considerado AAA, lá no Japão.
A conexão inconveniente
O que nenhuma dessas empresas falam, além do modelo de negócios que ainda está a sete chaves, nas apresentações é… Se trocamos a conversa sobre placas gráficas, sistemas operacionais e potência de hardware, tudo será focado agora em conexão.
A realidade é que, sem uma internet boa (download e upload) e sem limitação de dados, nada disto vai se tornar uma realidade. E a conexão de internet está ligada a políticas de cada país. – De testes vazados do Project Stream (Stadia) no ano passado, ficou claro que o mínimo necessário para jogar em 1080p varia de 50 a 100 megas de conexão, em 4k pode se acreditar que será necessário, pelo menos, 200 megas, dependendo da sua proximidade da sua conexão com os servidores do Stadia ou xCloud ou “Projeto Nintendo Stream“.
Novas preocupações
Com inovações, volta a conversa sobre privacidade e o que estamos entregando para a empresa, Google citou zero sobre privacidade, e, como sabemos que empresas deste porte não lançam hardware sem focar no usuário final, até o controle poderá compartilhar dados informativos para empresa, quais dados, como será, de quanto tempo ou o por quê, não sabemos, será para uma próxima apresentação.
O primeiro passo para uma mudança drástica do mercado foi dada, o tempo determinado para fazer parte disto dependerá da velocidade de decisão de cada país. Vamos arriscar um tempo, em cinco anos os consoles serão algo do passado ou do presente e futuro, devido a atraso tecnológico global.