Falar sobre inovação é um clichê hoje em dia. Nas prateleiras das livrarias, em perfis de redes sociais e até em programas de televisão vemos essa palavra ser repetida. Existe um consenso de que em todas as áreas da economia é preciso inovar para avançar.
Mas o que significa inovar? Trata-se apenas de fazer as coisas de maneira diferente? De criar um produto que não existia antes? Mais do que isso, a inovação é um processo por meio do qual criamos valor para uma comunidade de pessoas entregando a elas uma nova solução.
A partir dessa definição, vemos que existem muitas maneiras de criar inovação. O mais importante não é simplesmente oferecer uma novidade, mas resolver um problema para as pessoas deixando sua vida mais fácil, gastando menos tempo, sendo mais eficiente. E, claro, também criando um modelo de negócio sustentável que poderá ser replicado em larga escala.
É muito comum pensarmos em tecnologias quando pensamos em inovação. Afinal, nas últimas décadas, nossas vidas mudaram muito por conta de aparelhos, serviços e produtos que usam novas técnicas para resolver problemas do dia a dia. A tecnologia é uma parte muito importante da inovação, mas não é o único. Ela pode e deve ser usada, mas sempre tendo em mente os clientes que serão atendidos e a saúde do negócio.
Indústria, agricultura, universidades
No Brasil, diversos setores têm investido em inovação. A indústria, por exemplo, passa pela chamada Quarta Revolução Industrial (ou Indústria 4.0). E o que é isso? É um processo de aperfeiçoamento das técnicas usadas na produção para ganhar velocidade e eficiência. Por exemplo, hoje em dia é possível monitorar toda e qualquer peça que circula dentro de uma fábrica de maneira automática. A mesma coisa vale para encomendas no galpão de uma empresa de vendas online.
Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostrou que 30% das indústrias nacionais estão em fase de implementação da Indústria 4.0. Um quarto delas (25%) estão planejando ações para modernizar seus processos de produção. A agricultura nacional também têm usado novos métodos para monitorar as plantações e otimizar a produção. Drones sobrevoam campos inteiros em apenas alguns minutos e conseguem identificar problemas. Sensores indicam se falta algum elemento essencial, como água e nutrientes.
Universidades brasileiras perceberam as oportunidades e começaram a estabelecer parcerias com empresas. USP, Unesp, Unicamp e UFRJ têm programas de desenvolvimento de projetos com entidades privadas. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) financia e orienta empreendedores mesmo que não estejam ligados a instituições educacionais.
Confira algumas iniciativas de incentivo à inovação abaixo.
InovaBra Habitat
Outras iniciativas procuram tornar esse processo de inovação mais acessível. Por exemplo, o InovaBra Habitat. No espaço, em São Paulo, startups, mentores, educadores, grandes empresas e investidores se dedicam a criar e implementar novos negócios e a otimizar processos já existentes. Criado pelo Bradesco, o habitat vai se focar nas áreas de Blockchain, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, entre outros assuntos.
IBM Garage
Já o IBM Garage é o centro da IBM para a inovação com foco no cliente. Ele dispõe de equipes diversificadas que auxiliam os clientes a implementar tecnologias funcionais para criar e ajustar rapidamente a escala de ideias inovadoras que podem levar os negócios a um patamar mais elevado. A base de tudo é uma metodologia exclusiva que organiza as melhores práticas do mercado com a ajuda da IBM. O foco dela é nos resultados de negócios, não na tecnologia, e há um acompanhamento que vai desde a concepção até a entrega, eliminando os riscos da inovação.
THINKLab
No THINKLab, os clientes da IBM têm acesso aos cientistas da empresa para identificar necessidades específicas de seu segmento, desenvolver novas tecnologias e novos modelos de negócios. Neste espaço, localizado na sede da IBM em São Paulo, empresas, pesquisadores e entes públicos aprendem quais são as oportunidades dentro das ferramentas da IBM para criar soluções em diversas áreas, colocando a mão na massa por meio da criação de protótipos.
O THINKLab faz parte de um projeto maior dentro da empresa, o Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil. No Brasil, seu foco é produzir conhecimento e inovação nas áreas de Gestão Inteligente de Recursos Naturais (incluindo petróleo, gás, mineração e agricultura), Computação Cognitiva (dados sociaism big data, visual anayltics e insights) e Ciência e Tecnologia para aplicações industriais (com ênfase em recursos naturais, ciências da vida e analytics para a internet das coisas). Além disso, o laboratório também desenvolve pesquisas na área de nanotecnologia no NanoLab, cujo foco principal é criar soluções nas áreas de petróleo e gás, agricultura e saúde.
A integração entre os pesquisadores e cientistas acontece a nível mundial, gerando patentes que são aplicadas aos campos mais relevantes da inovação. O resultado desse esforço tem se traduzido em números. Entre 2011 e 2018, a IBM Brasil foi a empresa estabelecida no Brasil com mais patentes registradas nos EUA: 183. Além disso, foram publicados 450 artigos científicos.
IBM se caracteriza pelas inovações e penso que a criatividade humana para solucionar problemas é infinita, desde que seja estimulada constantemente. Ótimo post