2020 para os Oscars mostra um pouco do resultado do trabalho feito por tantos anos de redescoberta – do que é progredir e – o que é contar histórias das pessoas, e do mundo, pelo olhar das artes.
Não é um pontapé para as mudanças, mas é o passo de reconhecimento das falhas, e da necessidade da mente aberta para se tornar algo melhor. Joaquin Phoenix foi a pessoa que melhor usou seu tempo de agradecimento para exemplificar isto.
“Parasite” ganhar como melhor diretor, e filme, demonstra que não somos diferentes como imaginávamos, apesar das crenças e culturas, chegamos sempre em um ponto comum – a de viver e, nossa paz.
E são esses – alguns dos – momentos do 92º Oscars que causaram impacto para todos, assim como campanhas de marketing (como alguns do Super Bowl), o impacto de pensar, de desafiar nossos conceitos enraizados, e replantar uma ou duas coisas que pensamos diferente e podemos melhorar.
Leia o discurso em tradução livre:
Me sinto cheio de tanta gratidão agora. Não me sinto elevado acima de nenhum dos meus colegas indicados ou de qualquer pessoa nesta sala, porque compartilhamos o mesmo amor – esse é o amor pelo cinema. E essa forma de expressão me deu a vida mais extraordinária. Eu não sei onde eu estaria sem ele.
Mas acho que o maior presente que me foi dado, e muitas pessoas [nesta indústria] são a oportunidade de usar nossa voz para os que não têm voz. Tenho pensado em alguns dos problemas angustiantes que enfrentamos coletivamente.
Acho que às vezes sentimos ou somos feitos para sentir que defendemos causas diferentes. Mas para mim, eu vejo o ponto em comum. Eu acho que, se estamos falando de desigualdade de gênero, racismo ou direitos queer, direitos indígenas ou direitos dos animais, estamos falando sobre a luta contra a injustiça.
Estamos falando da luta contra a crença de que uma nação, um povo, uma raça, um gênero, uma espécie tem o direito de dominar, usar e controlar outro com impunidade.
Eu acho que ficamos desconectados do mundo natural. Muitos de nós somos culpados de uma visão de mundo egocêntrica e acreditamos que somos o centro do universo. Entramos no mundo natural e o saqueamos por seus recursos. Temos o direito de inseminar artificialmente uma vaca e roubar seu bebê, mesmo que seus gritos de angústia sejam inconfundíveis. Depois, pegamos o leite dela, destinado ao bezerro, e colocamos no café e nos cereais.
Tememos a ideia de mudança pessoal porque pensamos que precisamos sacrificar algo; desistir de algo. Mas os seres humanos da melhor maneira são tão criativos e inventivos, e podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres sencientes e o meio ambiente.
Eu fui um canalha a vida toda, fui egoísta. Fui cruel às vezes, difícil de trabalhar e sou grato por muitos de vocês nesta sala terem me dado uma segunda chance. Eu acho que é quando estamos no nosso melhor: quando nos apoiamos. Não quando nos cancelamos por nossos erros passados, mas quando nos ajudamos a crescer. Quando nos educamos; quando nos guiarmos à redenção.
Quando ele tinha 17 anos, meu irmão [River] escreveu essa letra. Ele disse: “corra para o resgate com amor – e paz se seguirá”.