Qual o valor de uma ideia? O que importa quem fala o que fala? Você sabia que o coelho Oswald, personagem de Walt Disney criado em 1927, nunca deixou de ser do Disney (autor), mas só em 2006 ele se tornou personagem da Disney (a empresa)?
Sejam bem-vindos ao primeiro episódio Pé de IP! Um podcast que explora o rico, divertido e dinâmico mundo dos EIPs (Entertainment Intellectual Properties – Propriedades Intelectuais de Entretenimento) – filmes, jogos, séries, livros, personagens, músicas, roteiros, quadrinhos etc. O Pé de IP é apresentado pelo criador, comunicador e empreendedor Bruno D’Angelo, fundador da WIP (Wholehearted Intellectual Properties) – uma aceleradora de EIPs e negócios, e seu sócio, o empreendedor, financista e curioso profissional Pedro Pizzolato.
Neste episódio, conversam com os artistas criadores superpremiados Marcelo D’Salete e Rafa Coutinho, e com o advogado especialista em Fusões e Aquisições e Propriedade Industrial Samuel Vilarinho. Vamos aprofundar nos primeiros passos da jornada de vida de um EIP: ter uma ideia, que se desenvolve em um projeto, que se transforma em produtos e negócios.
Uma obra de grande qualidade e sucesso necessariamente implica geração de negócios e movimentação de dinheiro. Não raro, os criadores são os que menos colhem os retornos e resultados de suas criações. Ainda que dificilmente se possa contestar o direito autoral moral sobre uma criação, é preciso cuidado quanto a seus direitos autorais patrimoniais. Um EIP, sendo algo puramente intangível, é uma ficção jurídica. É impossível sabermos decisivamente se aquela criação é única e totalmente original, mas dispomos de toda uma infraestrutura jurídica com regimes nacionais e internacionais específicos para garantir os direitos autorais morais e patrimoniais acerca desse ativo.
Cuidar de maneira profissional de suas ideias e criações é o primeiro passo para o criador obter não só realização pessoal e artística sobre a obra, mas também profissional – além do retorno financeiro e patrimonial que o vai permitir continuar criando cada vez mais. Uma ideia ou uma obra tratada de forma jurídica diligente se transforma em um EIP: protege o autor contra plágios, mas, principalmente, cria uma plataforma habilitadora de negócios – seja a divulgação, difusão e exibição da obra, ou adaptações, licenciamentos e desenvolvimento de novos produtos.
O mercado de EIPs já é gigantesco e cresce de maneira acelerada no mundo todo, muito puxado, recentemente, pelas plataformas de streaming e de auto-publicação. No entanto, principalmente aqui no Brasil, vemos uma grande erraticidade no desenvolvimento de negócios neste mercado. O olhar estruturado para as ideias e obras e a condução de seus processos de registro e proteção são o primeiro passo para a revolução metodológica e a aceleração desse universo. Estamos preparados para tal jornada? Com o Pé de IP, passo a passo, buscamos descobrir.
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Porra, Brunão!!!! Maravilhoso isso!!!
Quando eu comecei minha carreira de ilustrador, ha 15 anos, você foi uma das primeiras pessoas do mercado editorial que eu conheci e tudo que vc me falou eu guardei. Muito legal ouvir esse conteúdo nessa quarentena!
Que honra!
Bem-vindo Bruno. Boa a série.
É uma honra! Achamos que é uma série necessária, toda sugestão será bem-vinda nessa construção
welcome