A vida perfeita das redes sociais desestabiliza quem a vê, já que a tendência pela comparação é real e, muitas vezes, inconsciente. Pesquisas vêm comprovando reiteradamente que a maior preocupação online, para uma a cada três jovens, é a de comparar a sua vida com a de outras pessoas. Quando o assunto é beleza, o impacto tem sido ainda mais alarmante. Vejam vocês que, aos 13 anos, 80% das garotas dizem distorcer sua aparência online, em busca da aprovação dos outros.
Dove, que há 12 anos tem a missão clara de garantir que a próxima geração cresça desfrutando de um relacionamento positivo com sua aparência, resolveu agir, porque acredita que a crescente fixação por uma aparência computadorizada e pouco realista pode representar riscos físicos e psicológicos.
Criado pela agência Ogilvy UK, Reverse Selfie apresenta uma jovem dependente da validação social. Como o nome sugere, o filme traz uma história contada ao contrário, revelando quais efeitos digitais foram largamente utilizados para criar a imagem da “beleza perfeita”. Cabelos volumosos, harmonização facial para atingir a “melhor” simetria, filtros que garantem a pele sem defeitos, maquiagem e tudo mais em uma selfie altamente editada, postada com a típica legenda “meu novo visual”. A jornada inversa termina com a menina apática, olhando para o espelho, obviamente descontente com sua aparência.
Por fim, vale lembrar que a pandemia impulsionou o uso das redes e, por consequência, seus efeitos. Fiquemos atentos.
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