Chique por último
A Faria Lima não teria o mesmo destino de outros bairros comerciais e logo novos inquilinos buscaram esse poderoso endereço. Como o exemplo da Blue3, afiliada da XP que começou em Ribeirão Preto e agora ocupa um imponente escritório na capital. Isso sem deixar de reforçar sua pegada no interior, inaugurando também unidade para atendimento digital em Franca. A relação da capital com o interior é cada vez mais comercial, expandindo seus negócios para regiões agrícolas, industriais e turísticas. Dando moldes à mega-região de São Paulo. Da mesma maneira, podemos prever que atividades de lazer passem a ganhar força na nova metrópole que começa a tomar forma.Rodízio de pessoas
A cada dia útil 20% dos carros não podem circular nos horários de pico. Medida voltada para aliviar um pouco a intensidade dos deslocamentos, permitindo aos demais uma fluidez menos pior. Atualmente a vacância dos imóveis está acima de que 20%, apontando para um esvaziamento da cidade, deixando-a melhor para quem fica. Segundo especialistas, está se abrindo um ciclo de renovação do espaço urbano, uma vez que espaços antes voltados ao trabalho e à produção estão agora disponíveis para novos usos. Se estiverem certos podemos esperar por novos espaços públicos, culturais e interativos, cheios de vida. Esse movimento já vem tomando forma com novos usos sendo dados a diversos imóveis antigos do centro, Lions Club, Red Bull Station, Balsa, Tokyo, Bar dos Arcos, Bar do Cofre, Esther Rooftop, Drosphyla, Casa de Francisca, até o emblemático Terraço Itália. Não apenas teremos mais parques, como o mercado imobiliário saberá aproveitar bem o novo propósito da cidade. Se antes as incorporadoras eram super conservadoras, lançando os mesmos produtos, hoje empresas como Vitacon e Tecnisa apostam em novos formatos de todo tipo.Conclusões
A pandemia revelou a força da nova Classe Criativa, que preservou seus empregos, aumentou seu poder de consumo e ainda pôde se movimentar para lugares mais aprazíveis que as grandes cidades. A chegada desse grupo movimentou cidades do interior e do litoral, acostumadas com fluxos de temporada ou finais de semana, passaram a ser residência permanente de profissionais que trabalham de forma remota. Mais demanda nos setores de serviços, comércio e imobiliário desses lugares. De outro lado, as cidades grandes viveram um período de dúvidas sobre sua viabilidade, com bairros importantes sendo esvaziados, desemprego em setores fortes como comércio e serviços e um crescente número de imóveis vagos. Ainda que as Classes Criativas tenham chamado a atenção em seu movimento para o interior, sua natureza é essencialmente urbana, voltada para pluralidade que só as grandes cidades podem proporcionar.Mais ócio por favor
